Papa felicita Presidente eleito
Além de mensagens de felicitações do Papa Francisco pela eleição, João Lourenço foi saudado pelo Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, e pelo Primeiro-Ministro PaoloGentiloni
O Papa Francisco felicitou terça-feira o Presidente da República eleito, João Lourenço, numa mensagem na qual faz votos de bom êxito no seu mandato. Na mensagem, divulgada ontem pela Nunciatura Apostólica em Angola, o Chefe da Igreja Católica pede ao Presidente da República eleito que trabalhe “ao serviço da coesão, harmonia e crescente prosperidade” de Angola. Francisco refere na mensagem que “vai com ferventes súplicas” implorar “do Altíssimo benéfica e especial assistência para que se reforcem os vínculos de fraterna convivência no concorde labor dos cidadãos em ordem a um futuro sereno cada vez mais solidário sob as bênçãos de Deus”. O Núncio Apostólico, Dom Petar Rajic, também felicitou o Presidente eleito e a toda Nação Angolana, prometendo orar em benefício da manutenção da paz e do bem-estar dos angolanos.
Relações diplomáticas entre Angola e o Estado do Vaticano foram formalizadas em Julho de 1977 e reforçadas com a visita, em Maio de 2014, do Presidente José Eduardo dos Santos ao Estado do Vaticano, onde foi recebido pelo Papa Francisco
O Papa Francisco felicitou o Presidente da República de Angola eleito, João Manuel Gonçalves Lourenço, a quem deseja êxitos no seu mandato ao serviço da coesão, harmonia e prosperidade.
“Ao tomar posse como Presidente da República de Angola desejo apresentarlhe as minhas saudações e votos de bom êxito no seu mandato ao serviço da coesão, harmonia e crescente prosperidade dessa nobre nação sobre a qual, com ferventes súplicas, imploro do altíssimo benéfica e especial assistência para que se reforcem os vínculos de fraterna convivência no concorde labor dos cidadãos em ordem a um futuro sereno cada vez mais solidário sob as bênçãos de Deus”, lêse na mensagem.
Noutra mensagem, o Núncio Apostólico, D. Petar Rajic, acrescenta que, na certeza de que a melhor recompensa vem de Deus, aproveita, igualmente, para formular ao Presidente da República eleito e a toda nação angolana êxitos, garantindo as suas orações de rogativa em benefício da manutenção da paz, do desenvolvimento e do bem-estar de todos os cidadãos angolanos.
O MPLA e o seu candidato, João Lourenço, venceram as eleições gerais com 61,7 por cento dos votos, à frente da UNITA com 26 por cento e da CASA-CE com 9,4 por cento. Seguiram-se depois o PRS com 1,35 por cento, a FNLA 0,9 por cento e da APN com 0,5 por cento. O segundo da lista do MPLA, Bornito de Sousa, foi eleito o Vice-Presidente da República.
As relações diplomáticas entre Angola e o Estado do Vaticano foram formalizadas em Julho de 1977, com a nomeação do primeiro embaixador junto da Santa Sé, Domingos Quiosa. Por seu lado, o primeiro núncio apostólico em Angola foi o italiano D. Giovanni Angelo Beccio, nomeado pelo Papa João Paulo II, em Outubro de 2000. O primeiro Papa a visitar Angola foi João Paulo II, em Junho de 1992, tendo se deslocado ao Huambo, Lubango, Cabinda, Mbanza Kongo, além de Luanda. Em Março de 2009, Angola recebeu o Papa Bento XVI.
As relações entre Luanda e a Santa Sé ficaram mais reforçadas com a visita, em Maio de 2014, do Presidente José Eduardo dos Santos ao Estado do Vaticano, onde foi recebido pelo Papa Francisco. O estadista angolano abordou com o Papa Francisco, a importância da contribuição da Igreja Católica nas áreas da educação e da saúde, em Angola. Durante a audiência, de cerca de 40 minutos, José Eduardo dos Santos e o Papa Francisco também avaliaram assuntos ligados aos "desafios que Angola tem pela frente na região e no continente, em geral, no que se refere a luta contra a pobreza, a desigualdade social, pelo desenvolvimento integral da pessoa humana, reconciliação, justiça e paz", além de troca de ideias sobre os conflitos no continente africano. Na altura, José Eduardo dos Santos ofereceu ao Papa Francisco uma estatueta do Pensador, símbolo da cultura nacional angolana, e um exemplar da maquete do Santuário da Igreja Nossa Senhora da Muxima, localizada no município de Icolo e Bengo, em Luanda.
Além de visitar a Basílica de Santa Maria Maggiore e o Túmulo de D. Afonso Nvunda, primeiro representante angolano na Santa Sé, falecido há 400 anos, o Presidente José Eduardo dos Santos encontrou-se igualmente com o cardeal Pietro Parolin, então secretário de Estado do Vaticano, que estava acompanhado por D. Domenique Mamberti, na altura secretário para as Relações com os Estados. Durante as reuniões, de acordo com o comunicado final, "foram evocadas as boas relações entre a Santa Sé e a República de Angola e discutiu-se, de modo particular, o projecto de acordo bilateral relativo ao estatuto jurídico da Igreja Católica no país. Nesse contexto, não se deixou de fazer referência ao importante contributo que a Igreja Católica oferece ao país com as suas instituições de carácter educativo e sanitário".