Combate à pirataria no Golfo da Guiné
João Lourenço afirmou que a segurança marítima em Angola vem responder à preocupação da comunidade internacional
O Presidente da República eleito, João Lourenço, prometeu ontem todo o apoio ao futuro ministro da Defesa e ao chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA) na materialização do projecto de segurança marítima para um combate eficiente à pirataria no Golfo da Guiné. João Lourenço, que discursava na cerimónia de despedida dos seu antigos colaboradores do Ministério da Defesa Nacional e das FAA, sublinhou que a medida responde à preocupação da comunidade internacional. O Vice-Presidente eleito, Bornito de Sousa, também se despediu ontem dos seus colaboradores no Ministério da Administração do Território.
O ministro cessante da Defesa Nacional e Presidente da República eleito, João Lourenço, prometeu ontem todo o apoio ao futuro titular da pasta da defesa e ao chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA) na materialização do projecto de segurança marítima para um combate eficiente à pirataria e outras acções no Golfo da Guiné
João Lourenço, que discursou na cerimónia de despedida dos seu antigos colaboradores do Ministério da Defesa Nacional e das FAA, referiu que a medida responde também à preocupação da comunidade internacional de ver um maior engajamento dos países africanos na protecção do Golfo da Guiné de potenciais actos de terrorismo e de pirataria.
João Lourenço destacou que à interacção entre os órgãos e serviços do Ministério da Defesa Nacional, regiões e unidades das FAA contribuiu para a promoção de parceiras importantes com diversos países amigos e instituições nacionais. Este aspecto, sublinhou, foi determinante na concretização de inúmeros projectos, consolidação e aprofundamento dos laços de cooperação existentes e que muito têm contribuído para o processo de potenciação, modernização e edificação das FAA, com os investimentos em armamento e técnica no Exército e Força Aérea.
“O êxito em todo o processo de edificação militar do país passará pelo cumprimento do espírito de disciplina e consciência de missão, coesão e companheirismo”, exortou João Lourenço, antes de agradecer o Presidente da República e Comandante-Em-Chefe das FAA, José Eduardo dos Santos, pela confiança em si depositada. João Lourenço recordou que em 2014, quando assumiu o cargo de ministro da Defesa Nacional, "foi sem dúvida, um momento marcante, pois representava o meu retorno às tarefas da instituição militar, a escola cujos ensinamentos constituíram os alicerces da minha trajectória patriótica e política”.
Para dirigir o Ministério da Defesa Nacional, disse João Lourenço, não bastou disponibilidade, dedicação e o esforço permanente. O desafio que abraçou, disse, foi consciente da responsabilidade e do grau de comprometimento exigido no exercício do cargo de ministro da Defesa Nacional, função incontornável no Sistema de Defesa e Segurança Nacional, com responsabilidades políticas e estratégicas de coordenação das acções que garantem a defesa e a preservação da Independência Nacional.
João Lourenço disse ter tido a satisfação de contar, em todos os momentos, com o apoio incondicional dos dirigentes e altos funcionários do Ministério da Defesa Nacional e das FAA. Por isso, agradeceu todos que, de modo abnegado e com espírito de responsabilidade, deram o melhor de si para o engrandecimento da instituição. “Faço votos que continuem na mesma senda, em termos de colaboração com o futuro ministro da Defesa Nacional que certamente prosseguirá com o mesmo modelo de gestão participativa, o que permitiu alcançar muitos dos objectivos preconizados”, sublinhou João Lourenço.
O Presidente da República eleito garantiu igualmente atenção especial à Caixa de Segurança Social, instituição que tem como objectivo garantir a concretização do direito à segurança social aos militares filiados nas FAA.
“Trabalharemos ainda no sentido de tornar a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas menos dependente do Orçamento Geral do Estado, para melhor cumprir com a responsabilidade de atendimento aos oficiais reformados e pensionistas”, disse João Lourenço.
Resgate do prestígio
O secretário de Estado para os Recursos Materiais e Infraestruturas, Salviano Sequeira “Kyanda” afirmou que, durante o mandato de João Lourenço, o Ministério da Defesa Nacional e as Forças Armadas Angolanas resgataram e consolidaram dignidade e o prestígio, tendo sido relançados para patamares elevados, sobretudo por instituições regionais e internacionais onde Angola tem tido o privilégio de actuar como agente da política externa no domínio da Defesa.
“Consideramos indispensável expressar o mais vivo reconhecimento, pelos esforços e diligências que tem desenvolvido no âmbito do reforço da operacionalidade e da capacidade combativa das tropas, consubstanciandose na introdução de meios de armamento e equipamentos militares, modernos e mais sofisticados”, realçou "Kyanda". Salviano Sequeira assegurou que nas tropas terrestres e Força Aérea se constata uma mudança qualitativa, em meios blindados, aeronaves e outros equipamentos. Igualmente, declarou, foi comprovado o empenho de João Lourenço no redimensionamento e reequipamento da Marinha de Guerra Angolana, com projecto ambicioso e de grande envergadura, de segurança e vigilância da plataforma marítima de Angola.
Colaboradores afirmam que durante o mandato de João Lourenço o Ministério da Defesa Nacional e as Forças Armadas Angolanas resgataram e consolidaram o prestígio