Jornal de Angola

Elogiados os avanços contra trabalho ilegal

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O Governo dos Estados Unidos da América destacou na quinta-feira o “progresso significat­ivo” da América Latina na luta contra o trabalho infantil e forçado, em 2016, apesar de um relatório indicar que cerca de 153 milhões de crianças são ainda obrigadas a trabalhar.

“A América Latina é uma das regiões onde os progressos mais significat­ivos foram efectuados”, disse Martha Newton, sub-secretária dos Assuntos Internacio­nais do Departamen­to (Ministério) do Trabalho dos EUA, durante a apresentaç­ão da 16.ª edição do relatório anual sobre “As piores formas de trabalho infantil” no Mundo, em Washington.

O relatório, que reúne dados de 135 países ao longo de 2016, refere que cerca de 152 milhões de crianças são obrigadas a trabalhar em todo o Mundo, das quais 73 milhões em tarefas considerad­as perigosas.

Apesar dos dados negativos, Martha Newton enfatizou que, desde o início do segundo milénio, o número foi reduzido em 38 por cento, o que significa que cerca de 57 milhões de crianças deixaram o mercado de trabalho.

A América Latina e as Caraíbas são as regiões em que mais países implementa­ram novas medidas que levaram o Departamen­to do Trabalho dos Estados Unidos a avaliar o seu progresso como “significat­ivo”.

“Há uma boa razão. As leis estão a ser aprovadas e as normas estão a ser aplicadas, embora ainda existam alguns pontos a trabalhar. Estão a adoptar planos de actuação e estão a ser instaurado­s programas de protecção social para as famílias mais vulnerávei­s, para que enviem os seus filhos para a escola”, defendeu. A sub-secretária fez uma menção especial ao Brasil, ao Peru e à Colômbia, consideran­do que levaram o assunto “muito a sério”.

A fim de combater o trabalho infantil e forçado em todo o Mundo, o Governo dos Estados Unidos desenvolve­u uma aplicação móvel que permite conhecer e denunciar este tipo de práticas abusivas.

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DANIEL BEREHULAK Exploração de trabalho infantil é considerad­o crime grave

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