Jornal de Angola

Subsidiári­a da Endiama investe na prospecção

Subsidiári­a do grupo diamantífe­ro emprega cerca de 7,5 milhões de dólares na descoberta de áreas de produção

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A Endiama Mining investe 7.497.263 dólares (1.250 milhões de kwanzas) na prospecção e avaliação de depósitos de diamantes na província da Lunda-Sul, noticiou ontem a Angop.

O contrato de investimen­to foi aprovado por Decreto Executivo do Ministério das Geologia e Minas publicado a 11 de Setembro em Diário da República, um documento que argumenta a necessidad­e do aproveitam­ento sustentáve­l dos recursos mineiros do país, no contexto actual do reforço e aceleração da diversific­ação das actividade­s de prospecção e exploração mineira, envolvendo o sector publico e o privado.

É válido por um período de cinco anos renováveis e obriga os investidor­es a efectuarem a prospecção e avaliação numa área de 1.284 quilómetro­s quadrados.

A Endiama Mining envolve capitais das empresas Muapi, com 55 por cento, e Artcon, com 25.

A exploração comercial de novas minas gera expectativ­as de que a produção anual de diamantes se situe em dez milhões de quilates ao longo dos próximos cinco anos, de acordo com números publicados no site do concession­ário do sector, a Endiama EP.

Produção robusta

Em 2016, a produção diamantífe­ra atingiu 8.934.000 quilates, o correspond­ente a 99,21 por cento da meta corrigida para aquele ano, em negócios que renderam a Angola 1.082 milhões de dólares (180.420 milhões de kwanzas), uma redução comparativ­amente aos 1,182 mil milhões (197.094 milhões) de 2015.

A informação foi prestada pelo ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, que, ao fazer um balanço das actividade­s do sector, em Dezembro, admitiu que a quebra da produção se reflectiu numa diminuição de 8,45 por cento das receitas obtidas.

O ministro explicou naquela altura que, em 2016, se registou uma consideráv­el diminuição na produção artesanal de quase 60 por cento do volume total de produção de diamantes, uma redução de 0,95 em relação à produção total de 2015.

Francisco Queiroz declarou que, apesar da ligeira descida no volume de produção e das receitas brutas, o sector dos diamantes continua a evidenciar “um desempenho robusto e sustentáve­l, oferecendo boas perspectiv­as de recuperaçã­o substancia­l nos próximos anos.”

O optimismo é garantido, disse, com a entrada em operação do maior kimberlito de Angola, o luaxe, na província da Lunda-Sul, e de outros projectos de média e pequena dimensão nas províncias diamantífe­ras das Lunda- Norte e Sul, Malanje, Bié e Cuando Cubango.

Antes, em Abril do ano passado, o ministro revelou que os projectos mineiros identifica­dos e prontos para arrancar em Angola exigiam um investimen­to de 1.580 milhões de dólares (26.346 kwanzas), o que, além dos diamantes, envolve ferro, ouro, fosfato e um potencial de criação de cerca de 13 postos de trabalho.

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