Ameaça de desistência
O vice-presidente do JGM Académica Sport Club do Huambo, António Caquinda, anunciou ontem a desistência do clube da presente edição do Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão (Girabola), a cinco jornadas do fim do torneio.
De acordo com o responsável, em declarações à imprensa, a decisão foi tomada durante numa reunião dos membros de Direcção do clube na manhã de ontem, evocando razões financeiras. Caquinda informou que a medida é extensiva à Taça de Angola. Deste modo, o JGM não vai defrontar o Petro de Luanda, hoje no Huambo.
António Caquinda adiantou que dos cálculos feitos, a equipa precisa, para terminar o Girabola e participar na Taça de Angola, de cerca de 40 milhões de kwanzas.
Questionado sobre a desistência apenas na fase derradeira da época desportiva, respondeu que a equipa já não possui recursos para suportar as despesas, por isso decidiu desistir de todas as competições.
O dirigente desportivo explicou que o clube, que conta apenas com o patrocínio do seu presidente, o empresário Jorge Mangrinha, esperava ver cumpridas as promessas de financiamentos externos, caso do Governo da Província do Huambo.
Quanto às dívidas com os atletas, equipa técnica e Federação de Futebol, António Caquinda disse que vão ser amortizadas de forma paulatina.
O JGM do Huambo ocupa a 14ª posição do Girabola Zap, com 21 pontos. Fundado a 12 de Maio de 1998, é treinado por Águas Zeca da Silva, tendo ascendido pela primeira vez esta época ao escalão principal do futebol nacional.