Artistas da Huíla apelam à criação de indústria
Artistas huilanos destacados em diversos géneros musicais defenderam, sábado, na cidade do Lubango, a necessidade da criação de uma indústria de produção musical que contribua para uma maior divulgação das obras discográficas.
Em entrevista à Angop, no âmbito do Dia Internacional da Música, assinalado, a 1 de Outubro, os artistas afirmam que com uma indústria de produção de artefactos, como instrumentos musicais, de estúdio e CD, haverá mais qualidade e incentivo na música.
Com mais de dez anos de carreira, Anjo Blex sublinhou que uma indústria da música vai, sem sombras de dúvidas, incentivar a nova geração a enveredar, em grande forma, neste mundo artístico e na produção de mais obras discográficas para o seu consumo. “Uma infra-estrutura de artes fará com que os artistas sejam mais valorizados e os produtos produzidos poderão ser mais comercializados, sem grandes sobressaltos no país, e não só”, disse.
O coordenador provincial da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC) na Huila, Pedro Kanga, considerou imperioso que a classe empresarial aposte neste segmento da vida, que é rentável, já que muitos artistas têm de deslocar-se para outros destinos, a fim de gravar as suas obras.
A directora provincial da Cultura na Huila, Maria Marcelina Gomes, acredita que a lei do mecenato, ainda por regulamentar, pode abrir portas para o sucesso da arte.
Segundo ela, a fábrica vai também ajudar a impulsionar a música tradicional folclórica no país e, consequentemente, a redução dos preços dos produtos, e a propagação de distintas obras discográficas com pendor virado a preservação da identidade cultural nacional.
O Dia Mundial da Música comemora-se anualmente a 1 de Outubro, data instituída em 1975 pelo Internacional Music Council.