OPEP e Arábia Saudita pedem apoio da Rússia
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Arábia Saudita concordaram em pressionar a Rússia a continuar a participar no esforço para elevar os preços do petróleo, devido a rumores segundo os quais Moscovo considera pôr fim à participação no acordo de cortes da produção.
Os esforços culminaram na quinta-feira com uma reunião entre o Rei saudita, Salman bin Abdulaziz al Saud, e o Presidente russo, Vladimir Putin, na primeira visita de um monarca a Moscovo. Segundo fontes ligadas ao assunto, o rei pediu que Vladimir Putin continue, por mais tempo que o planeado, a fazer parte do acordo liderado pela Opep para conter a produção.
“Nós não vamos ficar satisfeitos com o que temos”, afirmou o ministro de Energia saudita, Khalid al-Falih, na quinta-feira em Moscovo, escreveu a agência de notícias estatal russa Tass.
Autoridades sauditas querem que os stocks de petróleo voltem às médias dos últimos cinco anos e que os preços atinjam os 60 dólares por barril. O acordo de corte da produção liderado termina em Março, mas vários países querem estendê-lo. “Não descarto isso”, disse Putin na quarta-feira ao ser questionado sobre o tema. “Vamos ver a situação no fim de Março”, comentou.
O Presidente da Venezuela também apoiou a OPEP num encontro com Vladimr Putin durante a semana. Nicolas Maduro disse no Twitter que a reunião com o líder russo “fortaleceu a cooperação”.
A Venezuela e a Arábia Saudita estão entre os vários países da OPEP que enviaram representantes a Moscovo ao longo da semana para a maior conferência anual sobre energia da Rússia.
A Fitch disse que a Rússia precisa do barril do petróleo a 72 dólares para cobrir as despesas do Governo. Analistas ouvidos pelo jornal norte-americano “Wall Street Journal” disseram no fim de Setembro que o Brent vai ficar numa média de 53 dólares por barril em 2018.