Material hospitalar produzido no Namibe
Uma fábrica de materiais gastáveis, para os Serviços de Saúde, está a ser instalada a três quilómetros do município de Moçâmedes, província do Namibe, num orçamento avaliado em 30 milhões de euros. O complexo industrial vai produzir todo o tipo de material gastável hospitalar.
Uma fábrica de materiais gastáveis, para os Serviços de Saúde, está a ser instalada a três quilómetros do município de Moçâmedes, província do Namibe, num orçamento avaliado em 30 milhões de euros (1 euro equivale a 194,75 Kwanzas), fez saber segunda-feira o responsável da empreiteira "Canef", Carlos Coelho.
Na primeira fase do projecto, o grupo empresarial nacional, formado pelas empresas "Canef" e "Nabifarma", vai investir três milhões e 500 mil euros, sendo dois milhões e meio de euros para aquisição de equipamentos e outros gastos.
Em declarações à Angop, o responsável da empresa "Canef", Carlos Coelho, fez saber que o complexo industrial vai produzir em Angola todo o tipo de material gastável hospitalar.
De acordo com a fonte, a fábrica vai produzir, numa primeira fase, cem milhões de luvas descartáveis, anualmente, tendo como previsão, na terceira fase, a produção de seringas, máscaras cirúrgicas, ligaduras, batas hospitalares e adesivos.
“As infra-estruturas estão a ser montadas e alguns pavilhões já existem, mas o principal virá da Espanha e devo dizer que estamos, neste momento, em fase de construção e as luvas produzidas localmente vão ser exportadas, em 40 por cento, e o resto vai servir o mercado interno”, afirmou. Carlos Coelho adiantou que o material e a tecnologia para a montagem da fábrica é proveniente da Malásia, tendo como previsão a criação de mais de 75 postos de empregos directos, numa primeira fase.
“A nível do mundo, a China, a Malásia, o Brasil e a Índia são os principais produtores e fornecedores destes produtos e Angola vai ser pioneira em África, criando postos de emprego, aumentando a arrecadação de divisas, com a exportação, e tornar a província do Namibe referência obrigatória na indústria farmacêutica mundial”, frisou.
A fábrica vai produzir, numa primeira fase, cem milhões de luvas descartáveis, anualmente, tendo como previsão, na terceira fase, a produção de seringas, ligaduras e batas hospitalares
O responsável afirmou que a localização geográfica da província, associada ao clima, contribuíram, significativamente, para a escolha da província e o início da montagem da fábrica.
“Entre os factores que contribuíram para a escolha da província podemos destacar o porto do Namibe, como plataforma logística na região, que vai permitir o rápido escoamento da produção para o exterior”.