Mercado necessita de medidas especiais
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros produtores precisam tomar “algumas medidas extraordinárias” no próximo ano, para reequilibrar o mercado de petróleo, disse o secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo.
“Há um crescente consenso de que um processo de reequilíbrio está em andamento e continuamos, gradualmente, a atingir os nossos objectivos comuns e nobres”, disse Mohammad Barkindo no Fórum da Energia da Índia, organizado pela CERAWeek, em Nova Délhi.
“Para sustentar isso no próximo ano, algumas medidas extraordinárias podem ser tomadas, para restaurar esta estabilidade de forma sustentável no futuro”, acrescentou. Arábia Saudita e Rússia muito influenciam para um acordo entre a OPEP e dez outros produtores concorrentes, que prevê a redução da produção em cerca de 1,8 milhões de barris por dia até o final de Março de 2018, num esforço para reduzir o excesso de oferta.
De acordo com Mohammad Barkindo, estuda-se a continuidade do acordo após Março de 2018, abrindo para adesões de outros produtores. O secretário-geral também afirmou que a Nigéria e a Líbia, que estão isentas do acordo, estão “a progredir na recuperação total” da produção e podem aderir ao pacto quando se recuperarem.
A Arábia Saudita e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) realizam um “lobby”, para que a Rússia continue a participar do esforço para elevar os preços do petróleo, em meio a sinais de que Moscovo reconsideraria a sua participação no acordo para cortar a produção da matéria-prima.
Os esforços culminaram na semana passada com uma reunião entre o rei saudita e o presidente russo, na primeira visita de um monarca da Arábia Saudita à Rússia. Segundo fontes ligadas ao assunto, o rei pediu que Vladimir Putin continue por mais tempo que o planejado no acordo liderado pela OPEP para conter a produção.