Jornal de Angola

Começam as buscas dos corpos das vítimas

- Armando Sapalo e Victorino Matias | Dundo

Começa hoje o trabalho de recolha dos restos mortais dos sete ocupantes da aeronave da Air Guicango que se despenhou quinta-feira na LundaNorte e cujos destroços foram encontrado­s ontem nas chanas do Lunhinga, próximo da povoação de Cambuata, no município do Cuilo.

Começa hoje o trabalho de recolha dos restos mortais dos sete ocupantes da aeronave da Air Guicango que se despenhou quinta-feira na Lunda-Norte e cujos destroços foram encontrado­s ontem a 90 quilómetro­s do Dundo.

O coordenado­r da comissão mista de buscas e salvamento e chefe do Departamen­to de Investigaç­ão de Acidentes Aeronáutic­os, Pedro Gonçalves, disse à imprensa que os destroços da aeronave do tipo Embraer 120 foram localizado­s ontem por volta 15 horas nas chanas do Lunhinga, próximo da povoação de Cambuata, município do Cuilo.

Pedro Gonçalves explicou que a emergência reportada pela tripulação referia condições atmosféric­as adversas provocadas por uma nuvem de desenvolvi­mento vertical, que é extremamen­te perigosa para a navegação aérea, conhecida por “Cúmulo do Nimbo”. O responsáve­l considerou permaturo adiantar possíveis problemas técnicos na aeronave como sendo a causa do acidente. Na ocasião, a tripulação emitiu um alerta anunciando uma falha e incêndio no motor direito.

A bordo da aeronave seguiam sete pessoas entre as quais três membros da tripulação.

Dois dos que iam a bordo eram estrangeir­os de nacionalid­ade sul-africana e portuguesa, ambos trabalhado­res da empresa de exploração diamantife­ra Sociedade Mineira do Luana. Paulo Oliveira da Silva (comandante), Afonso Pedro (co-piloto ) e Cláudio Manhico (assistente de voo) eram os três membros da tripulação.

Paulo Carvalho (português) e Jack Lombard (sulafrican­o), além dos angolanos Paulo Miranda e Bonifácio Cataca completam a lista de passageiro­s. As acções de apuramento de outras evidências em termos de investigaç­ão, para se aferir outras causas que provocaram o acidente, vão prosseguir com a ajuda da “caixa-preta “, disse Pedro Gonçalves.

A aeronave, um Embraer EMB 120, ao serviço da empresa privada Air Guicango, descolou do aeroporto Kamakenzo do Dundo às 16h55 de quinta-feira com destino a Luanda.

Segundo Luís António Solo, 15 minutos depois de levantar voo da capital da província da Lunda-Norte, o piloto reportou problemas no motor da aeronave e a existência de más condições atmosféric­as.

O director do Gabinete de Prevenção e Investigaç­ão de Acidentes Aeronáutic­os (GPIAA) do Ministério dos Transporte­s, Luís António Solo, tinha informado sextafeira que a Air Guicango, que operava a aeronave, é uma “empresa certificad­a para operações comerciais não regulares”.

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CÂNDIDO MUTOMBO | EDIÇÕES NOVEMBRO | LUNDA-NORTE Destroços do avião que caiu quinta-feira encontrado­s nas chanas do Lunhinga

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