Começam as buscas dos corpos das vítimas
Começa hoje o trabalho de recolha dos restos mortais dos sete ocupantes da aeronave da Air Guicango que se despenhou quinta-feira na LundaNorte e cujos destroços foram encontrados ontem nas chanas do Lunhinga, próximo da povoação de Cambuata, no município do Cuilo.
Começa hoje o trabalho de recolha dos restos mortais dos sete ocupantes da aeronave da Air Guicango que se despenhou quinta-feira na Lunda-Norte e cujos destroços foram encontrados ontem a 90 quilómetros do Dundo.
O coordenador da comissão mista de buscas e salvamento e chefe do Departamento de Investigação de Acidentes Aeronáuticos, Pedro Gonçalves, disse à imprensa que os destroços da aeronave do tipo Embraer 120 foram localizados ontem por volta 15 horas nas chanas do Lunhinga, próximo da povoação de Cambuata, município do Cuilo.
Pedro Gonçalves explicou que a emergência reportada pela tripulação referia condições atmosféricas adversas provocadas por uma nuvem de desenvolvimento vertical, que é extremamente perigosa para a navegação aérea, conhecida por “Cúmulo do Nimbo”. O responsável considerou permaturo adiantar possíveis problemas técnicos na aeronave como sendo a causa do acidente. Na ocasião, a tripulação emitiu um alerta anunciando uma falha e incêndio no motor direito.
A bordo da aeronave seguiam sete pessoas entre as quais três membros da tripulação.
Dois dos que iam a bordo eram estrangeiros de nacionalidade sul-africana e portuguesa, ambos trabalhadores da empresa de exploração diamantifera Sociedade Mineira do Luana. Paulo Oliveira da Silva (comandante), Afonso Pedro (co-piloto ) e Cláudio Manhico (assistente de voo) eram os três membros da tripulação.
Paulo Carvalho (português) e Jack Lombard (sulafricano), além dos angolanos Paulo Miranda e Bonifácio Cataca completam a lista de passageiros. As acções de apuramento de outras evidências em termos de investigação, para se aferir outras causas que provocaram o acidente, vão prosseguir com a ajuda da “caixa-preta “, disse Pedro Gonçalves.
A aeronave, um Embraer EMB 120, ao serviço da empresa privada Air Guicango, descolou do aeroporto Kamakenzo do Dundo às 16h55 de quinta-feira com destino a Luanda.
Segundo Luís António Solo, 15 minutos depois de levantar voo da capital da província da Lunda-Norte, o piloto reportou problemas no motor da aeronave e a existência de más condições atmosféricas.
O director do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (GPIAA) do Ministério dos Transportes, Luís António Solo, tinha informado sextafeira que a Air Guicango, que operava a aeronave, é uma “empresa certificada para operações comerciais não regulares”.