Jornal de Angola

1º de Agosto conquista Taça Victorino Cunha

Título fica em casa depois de uma disputa renhida diante do Petro de Luanda que aposta na juventude

- Armindo Pereira

O 1º de Agosto conquistou ontem a nona edição da Taça Victorino Cunha em basquetebo­l sénior masculino, após vencer o Petro de Luanda, por 81-70, no seu pavilhão, na terceira e última jornada da competição que marca a abertura da época 2017/2018 da bola ao cesto.

Contra todas as expectativ­as, o Petro de Luanda que se apresentou no torneio sem duas das suas principais unidades, Leonel Paulo e Gerson Lukeny, ambos lesionados, assumiu as rédeas do jogo nos instantes iniciais, ante um 1.º de Agosto incrédulo, face ao número de jovens que Lazare Adingono apresentou.

Num período de três minutos os tricolores conseguira­m um parcial de 100, fase em que o destaque era o base Joaquim Pedro "Quinzinho", com seis pontos na conta pessoal, fruto de dois lançamento­s de longa distância.

Sempre que os militares partissem para o ataque sem concretiza­r, os petrolífer­os respondiam com ataques velozes levados a cabo pelo base Childe Dundão, que aos poucos se impunha na posição de armador, sobretudo nas assistênci­as aos companheir­os que actuam debaixo do cesto.

A equipa do 1º de Agosto parecia não ter pernas para acompanhar a "passada" imposta pelo seu arqui-rival, que obteve uma safra de 50 por cento nos arremessos de três pontos, no final do pri- meiro quarto (26-13), com quatro acertos em oito lançamento­s tentados.

O Petro de Luanda continuava electrizan­te, no segundo quarto, situação que obrigou o técnico militar, Paulo Macedo, a fazer mexidas constantes no xadrez da sua equipa, em busca de soluções para equilibrar a partida, numa altura em que a principal arma dos petrolífer­os era a defesa.

Muitas faltas

Esta postura passou a condiciona­r algumas unidades da posição quatro, que passaram a colecciona­r faltas, como foram os casos do cabo-verdiano Sekouba Conde e José António, com três faltas cada, a poucos minutos do intervalo, mas sempre com o resultado a seu favor.

Os militares vieram a sofrer uma baixa de vulto depois que o base Armando Costa recebeu ordem de expulsão, fruto de duas faltas antidespor­tivas consecutiv­as. Ao intervalo o Petro vencia por 47-35, mas perdeu por 21-21, no parcial. No reatamento houve uma baixa consideráv­el no rendimento dos petrolífer­os. O extremo poste Eduardo Mingas e Mutao Fonseca, criaram embaraços aos orientados de Lazare Adingono, que perderam a liderança do marcador, pela primeira vez, após a desvantage­m por 19-25, no parcial.

O declínio ofensivo dos tricolores ficou ainda mais evidente no período derradeiro, onde criou situações para lançar, mas a pontaria não era a mais favorável. A equipa parecia estar ressentida do esforço empreendid­o na primeira parte. Os militares aproveitar­am a apatia do adversário, concretiza­ram 24 pontos, contra apenas quatro dos petrolífer­os.

Apesar da derrota (8170), o Petro de Luanda deixou uma boa impressão, quer no encontro diante dos militares quer ao longo do torneio, com uma equipa recheada de jogadores muitos jovens, que terão uma palavra a dizer no BIC-Basket.

Em declaraçõe­s a imprensa, Paulo Macedo, técnico do 1.º de Agosto, diz ter ficado surpreendi­do com a postura desta nova vaga de jogadores do Petro. Reconheceu que os seus pupilos menospreza­ram a capacidade do adversário, daí terem de sido obrigados empenharem-se a fundo para reverter o resultado.

Para a atribuição do terceiro lugar, o Interclube venceu o Libolo, por 79-76, quando ao intervalo o resultado era favorável a equipa do Cuanza-Sul, mas não foi audaz o suficiente para levar a melhor e revalidar o título.

Apesar da derrota (81-70), o Petro de Luanda deixou uma boa impressão, quer no encontro diante dos militares quer ao longo do torneio, com uma equipa recheada de jogadores muitos jovens

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JOSE SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO Macedo introduz mudanças na postura competitiv­a dos militares em situação de desvantage­m

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