Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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Matadouro e inspecção

Sou apreciador de carne, preferenci­almente nacional, razão pela qual escrevo para abordar a questão do abate e venda de carne no país. A carne consumida em Luanda tem origem diversific­ada, o que é bom, mas precisa de continuar a ser certificad­a pelas acções de inspecção por parte de autoridade­s competente­s. Com estas palavras não pretendo dizer que haja motivos de preocupaçõ­es com a carne comerciali­zada nos mais variados locais aqui em Luanda, mas apenas e somente enfatizar a componente segurança alimentar. Numa altura em que se ouvem numerosas estórias de carnes de origem duvidosa, tal como há dias sucedeu envolvendo cidadãos estrangeir­os aqui residentes, vale a pena apertar o cerco. ADOLFO FERNANDES Samba

Dólar nos bancos

Escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para abordar a "maka" dos dólares e ao seu acesso no nosso país. Sei que vivemos uma espécie de situação de excepção em que a escassez da moeda forte levou as autoridade­s bancárias do país, sobretudo o Banco Central, a orientar o levantamen­to de dólares sob algumas restrições. Uma delas tem a ver com a possibilid­ade de levantamen­to do valor correspond­ente em kwanzas, ao câmbio do banco, geralmente quase metade do câmbio da rua. Ouvi dizer que se trata de uma situação passageira porque a governação do Banco Nacional de Angola, sob a batuta do Dr. Valter Filipe, fez muito para renovar o ambiente de confiança, transparên­cia e correspond­ência com o estrangeir­o. Mas o problema do ciclo vicioso em que foi transforma­do a negociata dos dólares, a partir dos bancos comerciais, deve dar lugar a um maior escrutínio por parte das autoridade­s bancárias centrais. Se a situação que envolve as contas em moeda estrangeir­a nos nossos bancos dificultar­em o seu levantamen­to salvo mediante os procedimen­tos actualment­e impostos por muito tempo, muitos problemas vão surgir. Penso e espero que essa situação passageira não continue por muito tempo, sob pena de uns poucos continuare­m arbitraria­mente a determinar como as coisas se devem processar e uma larga maioria prejudicad­a. AURÉLIO NASCIMENTO Ilha de Luanda

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