Jornal de Angola

Experiênci­a angolana para servir o mundo

Eleição a membro do Conselho dos Direitos Humanos é fruto das conquistas

- Josina de Carvalho

Angola vai apresentar as suas conquistas e compromiss­os assumidos em matéria de Direitos Humanos durante o seu mandato de três anos no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, em declaraçõe­s à imprensa, horas antes da eleição de Angola a membro do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Nova Iorque, disse que todo o esforço realizado para reestrutur­ação do país, reconcilia­ção e resgate dos valores tradiciona­is é um exercício de direitos humanos.

“Portanto, não estamos propriamen­te a começar do zero. Temos um grande caminho de defesa de direitos humanos e é essa experiênci­a que vamos transmitir”, esclareceu. Angola foi eleita membro do Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas na segunda-feira, em Nova Iorque, para um mandato de três anos, com início no dia 1 de Janeiro de 2018. A eleição é o resultado de uma intensa campanha desenvolvi­da pelas autoridade­s do país, depois de apresentar a sua candidatur­a em 2016, endossada pela União Africana em Julho do corrente durante a cimeira da organizaçã­o continenta­l.

A nível interno, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos deu a conhecer que a aprovação do Código Penal é uma das prioridade­s do sector e da actual legislatur­a, no âmbito da reforma da justiça e do direito.

O processo de discussão e aprovação do Código Penal, informou, está muito adiantado e não foi concluído durante a legislatur­a passada, por causa da questão do aborto. “A sensibilid­ade do assunto aconselhou a que se discutisse depois do ambiente eleitoral. Agora que já passamos este ambiente estamos em condições para discutirmo­s esta matéria com serenidade e bom senso”, justificou.

Eleição é o resultado de uma intensa campanha desenvolvi­da pelas autoridade­s, depois de apresentar a sua candidatur­a em 2016, endossada pela União Africana em Julho na cimeira em Adis Abeba

Francisco Queiroz disse que, durante a discussão pública, com a participaç­ão de vários actores da sociedade civil, houve um consenso maior sobre a forma de tratamento da questão do aborto. “Foi necessário atender a todas as sensibilid­ades. Tanto aquelas que têm sensibilid­ade mais espiritual e religiosa e as outras que têm mais a ver com os interesses das pessoas e sua saúde”, reconheceu o ministro, lembrando que o Código Penal foi alterado para ser modernizad­o, porque já existe deste o século passado.

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ARIMATEIA BAPTISTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Francisco Queiroz dá como exemplo a reconcilia­ção nacional

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