Indústrias criativas para revitalizar as artes
As indústrias culturais e criativas vão permitir revitalizar as artes no seu todo em Angola, garantiu a ministra da Cultura
O Ministério da Cultura pretende criar um ambiente favorável para a criação, promoção e divulgação das artes e dos seus fazedores em todo o país, com a fundação da secretaria das Indústrias Culturais e Criativas, afirmou ontem a titular do pelouro.
A informação foi avançada na cerimónia de apresentação dos secretários de Estado da Cultura, Maria da Piedade de Jesus, e João Constantino, secretário para as Indústrias Culturais e Criativas, recentemente nomeados pelo Presidente da República, João Lourenço.
Carolina Cerqueira disse que a nova secretaria vai permitir revitalizar as artes no seu todo, assim como criar um melhor ambiente de trabalho e garantir acesso aos destinatários.
Falando diante de adidos da Cultura de Angola no estrangeiro, responsáveis e quadros do pelouro e de associações de utilidade pública, na sede do ministério, em Talatona, a governante disse que a Secretaria das Indústrias Culturais e Criativas, criada sob sua sugestão, nasce numa época e com nova visão.
A sua formação, liderada por João Constantino, informou a ministra, constitui uma fonte de geração de postos de trabalho para as novas gerações, sobretudo nas zonas mais recônditas das áreas rurais, em todas as áreas de criação artística.
Carolina Cerqueira garantiu que o trabalho da nova secretaria vai dar sustentabilidade às famílias angolanas, vai permitir continuar a trabalhar com as comunidades no interior do país, conhecer a realidade nas várias regiões, sair mais de Luanda, procurar pelas riquezas culturais e promover a inclusão, visando certamente “uma cultura de mais Angola, mais África e internacionalizada.”
A responsável do pelouro disse que seguiu a experiência de outros países africanos, como é o caso de Cabo Verde, onde tem um poder muito forte de apoio à criação das artes e aos criadores.
A carência de centros culturais nos municípios, nas grandes cidades e zonas periféricas, visando massificar e municipalizar a cultura com programas integrados constam do programas d revitalização da cultura, disse a governante.
A ministra da Cultura prometeu continuar a contar com a sapiência e experiência do historiador Cornélio Caley, secretário de Estado da Cultura cessante, e de Virgílio Coelho, que até os dias de hoje tem colaborado permanentemente como o pelouro.
Parcerias ministeriais
O Ministério da Cultura, por orientação do Presidente da República, vem estabelecendo parcerias e colaborações com os ministérios da Educação, Hotelaria e Turismo e o da Comunicação Social para tornar a cultura mais atractiva.
Ir ao encontro das escolas, promovendo a formação e valorização a partir da tenra idade, levando os exemplos dos reis e heróis nacionais aos estudantes, atrair turistas com os nossos usos e costumes e divulgar as nossas histórias fazem parte do plano de cooperação que se encontram em fase de conclusão.
O secretário de Estado das Indústrias Culturais e Criativas disse que o universo cultural constitui prioridade, mas apresentou o cinema como uma das áreas de preocupação.
João Constantino disse ser necessário haver mais incentivos para a acordar a indústria cinematográfica e a retirar na penúria em que se encontra por falta de recursos financeiros ligados à crise económica.
Recentemente reconduzido ao cargo, João Constantino defendeu a criação de um quadro favorável de trabalho, com melhores condições, com regulação e criação de laboratórios.
O secretário de Estado das Indústrias Culturais e Criativas anunciou a realização do Festival Internacional de Cinema (FIC-Luanda), em Novembro, caso a situação económica melhore.
“Temos escassez de recursos desde o ano passado, mas urge a necessidade de substituir pelo nosso engenho, dedicação e inteligência, disse o secretário de Estado da Cultura, que acrescentou: “a situação económica é transversal, mas queremos suprir as dificuldades dos produtores de cinema em Angola.”
A criação de centros culturais nos municípios, nas grandes cidades e zonas periféricas, visando massificar e municipalizar a cultura com programas integrados, consta do programas da revitalização da cultura