Elogiada solidariedade com países africanos
António Guterres, o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), falou na Semana de África, dias depois de apresentar um relatório ao Conselho de Segurança, que conclui que nove meses após o Secretário-geral da ONU advertir que vinte milhões de pessoas estavam “em grave risco de fome” na Nigéria, no Iémen, na Somália e no Sudão do Sul, “a comunidade internacional respondeu rapidamente aos alertas” do líder da ONU.
António Guterres disse que neste período os doadores contribuíram com quase 70 por cento dos fundos pedidos, as operações de ajuda foram ampliadas e agências humanitárias e parceiros fizeram chegar alimentos essenciais, assistência nutricional, cuidados de saúde e outros apoios a cerca de 13 milhões de pessoas por mês.
António Guterres acrescentou que mecanismos de alerta precoce de fome funcionaram bem nestes países e prometeu mais apoios à prevenção da fome e à assistência humanitária, que devem ser acompanhados por investimentos na paz sustentável e em soluções abrangentes a longo prazo.
O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas explicou que cerca de 60 por cento dos 815 milhões de pessoas que sofrem de fome vivem actualmente em áreas de conflito e que até que esses conflitos sejam resolvidos, e o desenvolvimento ganhe espaço, “vai haver comunidades e regiões inteiras arrasadas pela fome e pelo sofrimento”.
A longo prazo, António Guterres propõe acções concentradas em comunidades e em países saídos de conflitos prolongados e instabilidade “para que as pessoas não apenas sobrevivam, mas prosperem.”
António Guterres considera “inconcebível” que agências de auxílio “tenham de tomar decisões de vida ou morte sobre quem deve receber ajuda.”