Denunciada a entrada pela fronteira da Líbia
O ministro italiano do Interior, Marco Minetti, alertou ontem para a entrada na Europa de combatentes estrangeiros “saídos dos campos de batalha na Síria e no Iraque através da Líbia” e para o perigo que a fronteira sul deste país da África do Norte representa para a fronteira sul da Europa.
“Sempre o disse a todos que a fronteira sul da Líbia é a fronteira sul da Europa, onde podem passar os combatentes estrangeiros que regressam dos campos de batalha na Síria e no Iraque “, afirmou a meios de comunicação social italianos.
Segundo o governante, Roma reforçou as relações com o Chade, o Níger e o Mali no controlo da fronteira sul da Líbia, “onde o volume de fluxos migratórios para Itália caiu em 25 porcento”.
“O objectivo de todos é impedir a existência de um refúgio para os terroristas no norte de África. É uma questão crucial mas estamos optimistas que as nossas palavras foram ouvidas”, acrescentou.
Uma cimeira europeia destinada a encontrar soluções para conter os fluxos de migrantes provenientes da África via Líbia decorreu em Bruxelas, referiu a União Europeia, em comunicado.
No encontro, os líderes europeus tentaram chegar a um acordo sobre os meios financeiros necessários para pôr fim à imigração ilegal proveniente de África.
De acordo com um relatório oficial, desde 2014, pelo menos 140 mil africanos morreram afogados no Mediterrâneo, depois de terem recorrido a embarcações obsoletas para atravessar o mar a partir da costa líbia.