Ministro defende preços acessíveis nas ligações
O Ministério das Telecomunicações está aberto a receber outras empresas interessadas em investir no sector
O Executivo pretende disponibilizar no ramo das telecomunicações e tecnologias de informação um serviço com melhor qualidade e com preços mais acessíveis ao cidadão, anunciou ontem, em Luanda, o ministro das Telecomunicações Ciência e Tecnologias.
José Carvalho da Rocha falava durante um encontro com as empresas de telecomunicações que operam no país e defendeu um diál ogo permanente entre todos, para que haja um bom ambiente de trabalho e de negócios.
José Carvalho da Rocha disse que o objectivo do encontro entre o ministério e as empresas de telecomunicações é aproximar a família das telecomunicações. “Já constituímos um grupo composto pelo órgão político (Ministério), regulador (Instituto Angolano das Comunicações) e os operadores. Todos em conjunto têm servido os cidadãos, daí é importante o diálogo permanente para regularizar os desafios deste quinquénio”.
O ministro disse que o ministério está aberto a receber outras empresas interessadas em investir no país no ramo das telecomunicações, “até porque o regulamento p e r mit e ” . J o s é Carvalho da Rocha acrescentou que o mais importante é trabalhar para prestar um serviço de qualidade e a preço acessível. E para que isso aconteça, acrescentou: “Temos de percorrer muitos caminhos, por isso estamos a preparar o sector para atingirmos o maior desiderato”. Durante o encontro, a MS- Telecom, por meio do seu responsável Roger Ferreira, apresentou a sua inquietação devido aos prejuízos que empresa tem sofrido nos últimos dias. “Quando são feitas obras ao longo das estradas danificam os nossos equipamentos, avaliados em valores incalculáveis, que se associam à perda de clientes que reclamam pelo corte ou quebra do sinal”.
Para estes casos o ministro prometeu reunir-se nos próximos dias com os responsáveis das obras e avaliar os prejuízos das empresas que sofrem estes danos para depois serem devidamente compensadas.
Lançamento do satélite
Com a entrada em órbita do primeiro satélite angolano no próximo mês de Dezembro, o sinal das tecnologias de informação e comunicação vai cobrir todo território nacional, o que estimula os serviços das operadoras nas zonas onde não há sinal.
O sinal do Angosat 1 propicia mais negócios para o país por ter uma capacidade de iluminação da África do Sul à Itália.
O ministro avançou que pelo menos 80 por cento dos serviços do Angosat 1 são vendidos a empresas que actuam em Angola. Os restantes 20 por cento, explicou, são divididos para questões estratégicas do Estado e questões sociais, nos sectores da educação, saúde e fomento ao emprego.
O satélite angolano Angosat 1 foi construído na Rússia e tem o segmento espacial posição orbital 14.5 E, peso de 1.055 quilogramas, peso de carga útil 262.4 quilogramas, potência de carga útil de 3.753 W, banda de frequência CKu, número de repetidores 16C+6Ku e com uma vida útil de 15 anos.
O projecto AngoSat-1 foi construído por meio do foguete transportador ucraniano Zenit, a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão, com lançamento previsto para o mês de Dezembro e o próximo passo éenviá-lo para a órbita terrestre.
O centro de controlo e missão de satélites do AngoSat1 encontra-se na comuna da Funda, província de Luanda. Como satélite geoestacionário artificial, o AngoSat-1 está a uma distância de 36 mil quilómetros a partir do nível do mar. A sua velocidade coincide com o da rotação da terra e consegue cobrir um terço do globo terrestre.
Além do Angosat, o país tem um outro projecto no sector das telecomunicações. Trata-se do cabo submarino de fibra óptica, que vai ligar Luanda ao estado do Ceará, no Brasil, que visa a melhoria e a redução de custos no acesso aos serviços das telecomunicações no país.
O projecto entra em funcionamento em Julho do próximo ano e Angola passa a ser o primeiro país a ligar a África e a América do Sul através do Oceano Atlântico.
Com a entrada em órbita do primeiro satélite angolano em Dezembro deste ano, o sinal das tecnologias de comunicação vai cobrir todo o país, e estimular os serviços das operadoras onde não há sinal
Mais de 500 mil armas de fogo de calibres diversos, em posse ilegal da população, foram recolhidas e destruídas no país, pela Comissão Nacional para o Desarmamento, desde o início do processo em 2008.
O facto foi anunciado na ci dade de Ndalatando, Cuanza Norte, pelo coordenador da Subcomissão Téc- nica Nacional do Desarmamento da População Civil, comissário-chefe Paulo de Almeida, no acto central da Semana Nacional de Desarmamento da População Civil, que a província acolheu ontem, sob o lema “Se és consciente, desarma a tua mente”.
Paulo de Almeida apontou a resistência de alguns cidadãos na entrega de armas de fogo às autoridades, como um dos constrangimentos que têm afectado o processo de desarmamento.
Salientou que muitas destas armas, ainda em posse dos cidadãos, têm sido usadas no cometimento de diversos crimes no país, provocando muitas vítimas mortais e danos materiais na sociedade angolana, tendo para o efeito apelado à população a entregá-las de forma voluntária e a denunciar aqueles que as possuem ilegalmente.
Paulo de Almeida apelou ao reforço do controlo e fiscalização dos armeiros.