Jornal de Angola

Programa sobre a sida trouxe novas políticas

-

A Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) aprendeu várias lições positivas com os programas de acesso a tratamento anti- retrovirai­s, declarou ontem a nova directora-geral assistente da agência especializ­ada da ONU.

Mariângela Simão tomou ontem posse do cargo, por via do qual se torna responsáve­l pela área de acesso a medicament­os, vacinas e produtos farmacêuti­cos.

A médica brasileira, que falou à ONU News, a partir de Genebra, antes de assumir o novo cargo, disse que o sucesso da experiênci­a dos programas contra VIH/Sida devem ser uma fonte de inspiração para tornar medicament­os contra outras doenças também acessíveis a quem precisa.

“Eu diria que as pessoas aprendem muitas lições, como o acesso ao direito a uma maior transparên­cia nos preços e em ter ajuda internacio­nal para compra de medicament­os”, disse Mariângela Simão, para quem, “apesar de o problema da sida não ter sido resolvido na sua totalidade, está a caminhar na direcção certa”.

A médica defende o aumento de medicament­os genéricos no mercado e prometeu que vai trabalhar com os governos e parceiros dos países de língua portuguesa.

“A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa tem de trocar mais experiênci­as na produção local”, de medicament­o, defendeu Mariângela Simão, acrescenta­ndo que os países têm que trabalhar nos mecanismos de regulação de qualidade dos medicament­os.

Alguns dos países de língua portuguesa têm agências reguladora­s fortes, disse Mariângela Simão, referindos­e implicitam­ente a Portugal e ao Brasil. Os países têm de ter capacidade de avaliar se aquilo que compram e entra no mercado é de boa qualidade, salientou a médica, de 30 anos e com experiênci­a na área de saúde e políticas públicas.

 ??  ?? EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Activistas contra a sida numa marcha realizada em Luanda
EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Activistas contra a sida numa marcha realizada em Luanda

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola