Acordo de Paris está em risco permanente
Um estudo divulgado, terçafeira, pela ONU afirma que o Acordo de Paris está em risco. Mesmo que sejam cumpridos todos os compromissos assumidos, isso representará apenas um terço do que é necessário alcançar até 2030 para que os piores impactos das mudanças climáticas sejam evitados, de acordo com a ONU Meio Ambiente, agência da organização mundial que é a principal autoridade global em meio ambiente.
Divulgada a uma semana do início da COP23, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que vai decorrer em Bona, na Alemanha, entre 6 e 17 de Novembro, a oitava edição d o Rel a t ó r i o d a ONU Ambiente sobre a lacuna das emissões, intitulada Emissions Gap Report, alerta que são necessárias medidas urgentes para que o acordo possa entrar em vigor em 2020, conforme previsto na COP 21.
“Os governos e os actores não estatais precisam de aumentar urgentemente a sua ambição para garantir que os objectivos do Acordo de Paris ainda possam ser alcançados, de acordo com uma nova aval i ação da ONU”, diz o relatório.
A principal meta em questão é limitar o aquecimento máximo do planeta a uma temperatura média “bem abaixo de 2 graus Célsius acima dos níveis pré-revolução industrial”, com esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5 graus Célsius, nos termos fixados em 2015.
“As acções para se chegar à redução proposta em Paris são definidas por cada país, que diz como pode contribuir com esse objectivo global comum”, explica o coordenador de emissões do Observatório do Clima, Tasso Azevedo, especialista citado pelo Correio Braziliense.