Estados Unidos atacam rebeldes na Somália
Os Estados Unidos lançaram, na sexta-feira, pela primeira vez, dois ataques aéreos contra combatentes fiéis ao Estado Islâmico na Somália, de que resultaram “vários terroristas mortos”, anunciou o comando norte-americano em África.
Em comunicado, citado pela agência Associated Press, o comando americano refere que os ataques foram realizados no nordeste da Somália, em coordenação com o Governo local.
Os ataques tiveram como objectivo atingir os combatentes do Estado Islâmico na Somália, onde o grupo terrorista é uma presença cada vez mais constante, num país que é há muito tempo ameaçado pelo grupo extremista Al-Shabab, ligado à Al-Qaeda.
Fontes oficias locais, citadas pela Associated Press, confirmaram os ataques, referindo que pelo menos seis mísseis atingiram a zona montanhosa de Buga, no estado de Putland. “Vários terroristas foram abatidos”, confirmaram as fontes em entrevista à Associeted Press. Um autarca de Qandala, uma cidade próxima da região montanhosa de Buqa, também confirmou o ataque aéreo americano contra posições do Estado Islâmico.
Os combatentes do Estado Islâmico representam uma ameaça crescente na zona de Putland, onde reivindicaram um atentado em Maio, com um ataque suicida que causou pelo menos quatro mortos. O grupo extremista somali Al-Shabab foi considerado o responsável pelo ataque mais mortífero na Somália, que ocorreu recentemente, causando mais de 350 mortos na capital Mogadíscio, o que levou o Presidente da Somália a declarar o “estado de guerra” em todo o país.
No passado, aviões de combate e drones dos Estados Unidos já tinham levado a cabo ataques que tinham como alvo o grupo extremista somali Al-Shabab, cujas acções têm visado tanto as populações civis como as autoridades do Governo Federal, forças de segurança locais e em particular as forças da Missão da União Africana (UA), integradas, maioritariamente, por oficiais e soldados ugandeses e burundeses.