CARTAS DOS LEITORES
Papel das igrejas
As igrejas desempenham um papel importante na moralização da sociedade, mobilização dos fiéis para não apenas as causas da fé, mas igualmente as de natureza social. Mas escrevo estas linhas com algum cepticismo ao ver que o comportamento das pessoas nas instituições, comunidades, bairros não reflectem o lado religioso. Embora grande parte das pessoas reclame algum tipo de devoção a Deus e alguma confissão religiosa, ainda assim estamos longe de ver esses compromissos reflectidos nas práticas e atitudes diárias, de uma maneira geral. É verdade que existem algumas excepções, mas como a vida não é feita de excepção o que mais me preocupa é, seguramente, o comportamento da maioria. Espero que as autoridades eclesiásticas, de todas as confissões religiosas, incorram mais em “apelos agressivos” no sentido de os seus fiéis viverem efectivamente a palavra que recebem. AURÉLIO QUINTAS São Pedro da Barra
Preço do petróleo
Dizem as notícias, boas por sinal, que o preço do petróleo tende a situar-se acima dos sessenta dólares no mercado internacional. Na verdade, aos países exportadores como Angola não interessa muito que o preço se volatilize, mas que o mesmo se fixe num determinado valor. As subidas constantes ou os altos e baixos tornam os mercados mais instáveis, razão pela qual é preferível que o preço se mantenha num determinado valor. Não sei qual a referência para a elaboração do futuro orçamento de Estado, mas seguramente se for em função de um valor que se mantenha por muito tempo estável, não há dúvidas de que vai ser muito bom. Independentemente da estratégia actual passar pela necessidade de se colocar o petróleo um boca do fora das nossas equações económicas e financeiras, julgo que é ainda cedo para materializarmos esta perspectiva. Trata-se de um ciclo no qual vamos entrar na medida em que a estrutura actual da economia desaconselha ainda relegar já o petróleo para um patamar inferior. Podemos já assumir esse desafio. Os agricultores aqui parecem decididos a provar que fazem o que o Presidente João Lourenço augura, esquecer um pouco o petróleo. AGOSTINHO PIRES Lubango