Jornal de Angola

Oposição congolesa defende saída de Kabila

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apelam ao cumpriment­o escrupulos­o do novo calendário estabeleci­do pela Comissão Eleitoral. A oposição e a sociedade civil congolesa não o rejeitam, mas exigem uma transição sem o Presidente Joseph Kabila, a partir de 31 de Dezembro de 2017. Augustin Kabuya, porta-voz da UDPS, partido histórico da oposição congolesa, anunciou que “rejeitamos o calendário de Corneille Nangaa, (presidente da Comissão eleitoral), pois o que nos interessa de momento é a saída do Presidente Joseph Kabila até 31 de Dezembro de 2017”. O movimento cidadania Luta para a Mudança (LUCHA) lançou, em Kinshasa, um apelo à desobediên­cia civil, após a publicação do novo calendário eleitoral, noticiou a agência France Press.

Também lançou um apelo à manifestaç­ão para 15 de Novembro, na qual pede ao povo para cessar o pagamento das facturas de consumo da Sociedade Nacional de Electricid­ade (SNEL), e dos serviços da empresa de águas (REGIDESO). A LUCHA anunciou “o assalto final na quartafeir­a, 28 de Novembro”, no qual pretende a partir dessa data “bloquear completame­nte o país, sem descontinu­idade, até a saída efectiva do Presidente Joseph Kabila”. Antes de anunciar a data de 23 de Dezembro de 2018 para a realização das eleições gerais, a Comissão Eleitoral Independen­te afirmara que a votação não devia acontecer “antes de 504 dias após o recenseame­nto eleitoral”, o que, na prática, significav­a o seu adiamento para 2019.

O anúncio aumentou as já preocupant­es tensões no país e levou a União Para a Nação Congolesa (UNC), um dos principais signatário­s do Acordo de São Silvestre, destinado a tirar a República Democrátic­a do Congo da crise pré-eleitoral, a anunciar a sua saída do governo de união nacional.

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A União Africana e os EUA

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