Procura por crude aumenta 16 por cento
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) previu terça-feira que a procura mundial pela matéria-prima deve aumentar mais de 16 por cento até 2040, quando totalizar 111 milhões de barris diários, embora a luta contra as alterações climáticas venha a reduzir o consumo.
No relatório divulgado em Viena sobre a evolução do mercado a médio e longo prazos, a OPEP considera necessário investir 10,5 mil milhões de dólares no sector para satisfazer o aumento da procura. A OPEP referiu também que nos próximos cinco anos o crescimento anual da procura será em média de 1,2 milhões de barris por dia.
Este cálculo implica que em 2022 o planeta consuma 102,3 milhões de barris diários, ou seja, 6,9 milhões de barris diários acima do verificado em 2016, mas o crescimento vai abrandar e situar-se em 0,3 milhões de barris diários por ano entre 2035 e 2040, devido às “estratégias energéticas” previstas para lutar contra o aquecimento global, explicou a organização.
O relatório prevê que nesses cinco anos a procura de energias renováveis (eólica, fotovoltaica, solar térmica e geotérmica) é a que vai registar os maiores índices de crescimento, com uma média anual de 6,8 por cento, muito superior ao esperado aumento do consumo de petróleo e carvão, de 0,6 por cento e 0,4 por cento, respectivamente.
A OPEP destaca que o petróleo vai continuar a ser a fonte de energia mais usada, com uma proporção de 27 por cento, seguido do gás natural (25 por cento), enquanto as renováveis, apesar da subida de quatro pontos percentuais, vão ocupar um lugar modesto no sector energético mundial em 2040, com 5,5 por cento.