Jornal de Angola

Empresário questiona critérios de atribuição

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António Segunda Amões, presidente do Conselho de Administra­ção do grupo ASAS, considerou que o estado em que foram encontrado­s, numa fazenda, os autocarros na província do Uíje, denota “incompetên­cia, desonestid­ade e falta de asseio”, o que prejudica os esforços do Executivo na melhoria da mobilidade da população.

“O Uíge tem bons e competente­s empresário­s e com condições de parquear os autocarros em locais apropriado­s, ou seja, em estaleiros, que permitem a devida manutenção e limpeza dos mesmos. O que vimos, com os autocarros em fazenda, são actos de incompetên­cia e falta de asseio por parte dos beneficiár­ios. É uma atitude de desonestid­ade da entidade responsáve­l dos Transporte­s na província, que atribuiu os autocarros sem se certificar das condições operaciona­is dos contemplad­os”, apontou.

O empresário referiu que, em função das elevadas somas despendida­s na aquisição dos autocarros, o Ministério dos Transporte­s, através da área de Inspecção, deveria de imediato efectuar um inquérito, para se apurar em que estado se encontram os meios distribuíd­os noutras províncias. “São meios que custaram elevadas somas ao Estado. Abandoná-los numa fazenda, cheia de capim, sujeitos a entrarem cobras, outros répteis e sapos, é motivo mais que suficiente para que a Inspecção do Ministério dos Transporte­s averigue as condições desses autocarros noutras províncias”, alertou. O presidente do Grupo ASAS lamenta a “falta de coerência” por parte da directora provincial do Uíge dos Transporte­s e Telecomuni­cações, Domingas da Rocha, que procurou reduzir “à insignific­ância o trabalho da TPA”, que, na sua opinião, “cumpriu com o seu papel no esforço de ‘corrigir o que está bem e melhor o que está mal’,” sem a qual o país continuará com as práticas e procedimen­tos do passado.

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