Ministério do Interior capacita os quadros
MALÁRIA PROVOCA 76 MORTES NOS BUNDAS
No município fronteiriço dos Bundas, província do Moxico, 76 pessoas morreram vítimas de malária, de Janeiro a Outubro deste ano, informou ontem o director municipal da Saúde. Orlando Duarte disse ter havido um aumento de 52 mortes em relação ao período homólogo de 2016, segundo disse, motivadas pelas chegadas tardias dos pacientes às unidades sanitárias e pelo incumprimento das regras de prevenção por parte da população. Adiantou que no mesmo período foram diagnosticados 721 casos positivos da doença. Lembrou que decorrem acções de sensibilização sobre as regras de prevenção da doença, de modo a mudar a mentalidade dos munícipes. Com uma população de 65.764 habitantes, a maioria camponesa, o município dos Bundas fica situado 356 quilómetros a sul da cidade do Luena. Um total de 91 especialistas em telecomunicações dos vários órgãos do Ministério do Interior na província do Namibe iniciaram, na terçafeira, na cidade de Moçâmedes, um seminário de capacitação com duração de 21 dias.
Participam na formação operadores das telecomunicações da Polícia Nacional, Serviço de Migração e Estrangeiros, Serviços Penitenciários e Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.
Os formandos vão abordar matérias sobre métodos de organização das tecnologias de informação, dados de manuseamento e funcionamento dos sistemas e frequências, noções básicas de manutenção dos sistemas, entre outras.
O delegado local em exercício do Ministério do Interior, superintendente-bombeiro Alberto Machado, ao intervir na abertura da acção formativa defendeu que as comunicações revestem-se de capital importância, pois facilitam a partilha de informações e são capazes de auxiliar o redimensionamento das acções operacionais.
“No processo de comunicação, muitas vezes o importante não é o que se comunica, mas sim que se perceba o acto de comunicar”, disse Alberto Machado.
Apesar de habitualmente considerada uma província pacata, o Namibe cresce demográficamente a olhos vistos, tal como a dimensão das suas actividades económicas e sociais, levando as autoridades policiais a adoptar medidas de prevenção da criminalidade.