Nova campanha de vacinação para combater várias doenças
Meta das autoridades sanitárias é imunizar 80 por cento de crianças menores de um ano e as mulheres em idade fértil até ao primeiro semestre de 2018. Estão disponíveis vacinas contra a BCG, poliomielite, sarampo, febre-amarela e outras
A Direcção Nacional
de Saúde Pública tem como meta vacinar 80 por cento de crianças menores de um ano e as mulheres em idade fértil, até ao primeiro semestre de 2018, garantiu ontem à imprensa, em Luanda, a directora do Gabinete Provincial da Saúde de Luanda, no lançamento da campanha de intensificação da vacinação de rotina.
Rosa Bessa disse ainda que os outros objectivos da campanha são aumentar o número de crianças vacinadas com a terceira dose da polivalente e aumentar as vacinadas com a segunda dose contra o sarampo.
A campanha de intensificação da vacinação de rotina teve início no município de Viana, na comuna do Kapalanca, e decorre em três fases. A primeira vai até ao dia 12 deste mês, a segunda decorre na primeira quinzena de Dezembro e a terceira e última fase está prevista também para a primeira quinzena de Dezembro.
Viana é o município que mais preocupa o Gabinete Provincial da Saúde de Luanda, dada a existência de cerca de 18 mil crianças que estão sem ser vacinadas nos vários distritos e bairros. “Os pais e encarregados de educação devem fazer-se presentes porque a campanha é gratuita e a imunização é a melhor forma de prevenir doenças, principalmente em crianças”, frisou Rosa Bessa.
Segundo a directora provincial, a intensificação da vacinação de rotina vai decorrer nos municípios da província, excepto a Quiçama e Icolo Bengo, por não apresentarem "sérios problemas". Rosa Bessa informou que estão disponíveis vacinas contra a BCG, poliomielite, pneuma 13, sarampo, febreamarela e tétano.
Rosa Bessa disse que cerca de quatro mil médicos estão envolvidos na vacinação e que o Ministério da Saúde disponibilizou vacinas suficientes, com todos os meios necessários para satisfazer as necessidades do público alvo.
A Direcção Nacional de Saúde Pública garantiu as vacinas e o material de vacinação e de registo. O Jornal de Angola soube que na primeira fase da campanha a Direcção Nacional de Saúde Pública não vai dar apoio técnico no terreno, devido à sobreposição da campanha contra a febre-amarela, mas nas próximas fases vai apoiar na supervisão da actividade. Calendário de vacinação O secretário de Estado da Saúde disse que o Ministério da Saúde dispõe de quantidades suficientes de vacinas e material de vacinação e tem estado a reforçar a cadeia de frio. Frisou que foram disponibilizadas para a província de Luanda duas arcas solares e oito eléctricas, que vão permitir ampliar a oferta de serviços.
Segundo Martim Matias, algumas províncias, entre elas Luanda, possuem uma baixa cobertura, requerendo a intensificação das actividades de vacinação para prevenir surtos epidémicos de doenças. Vacinações incompletas "A intensificação complementa as actividades regulares de vacinação e permite completar os esquemas de vacinação das crianças com vacinações incompletas", sublinhou. O secretário de Estado apelou aos administradores municipais e comunais, profissionais de saúde e líderes comunitários a envolverem-se no reforço da vacinação de rotina.
"A vacinação é uma das intervenções mais efectivas e de fácil aplicação para a prevenção de doenças e melhoria da saúde da população e uma componente essencial dos cuidados primários de saúde oferecidos de forma rotineira às crianças e às mulheres em idade fértil, nas unidades sanitárias", disse Valentim Matias.
O responsável acrescentou que o calendário actual de vacinação inclui vacinas para a prevenção de 11 doenças, nomeadamente tuberculose, pólio, difteria, tétano, tosse convulsa, hepatite B, sarampo, febre-amarela, diarreia causada por retrovírus, infeções respiratórias agudas e meningite causada pelo haemophilus influenza tipo B e pelo estreptococo pneumoniae.
“A intensificação complementa as actividades regulares e permite completar os esquemas de vacinação”, segundo o secretário de Estado, Martim Matias