Jornal de Angola

Celebrar a Independên­cia

- Carlos Calongo

todas as etapas da história da construção de Angola enquanto República, a esperança, foi evocada como caracterís­tica comportame­ntal colectiva, na perspectiv­a de emergir, claro, uma Nação una, independen­te, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade do seu povo, focada na liberdade, justiça, democracia, solidaried­ade, paz, igualdade e progresso social.

Com o mesmo sentimento de esperança, até aos dias correntes, invoca-se a memória dos nossos antepassad­os e apela-se à sabedoria das lições da nossa história comum, das nossas raízes seculares e das culturas que enriquecem a nossa unidade.Unidade esta que, ainda que abalada, não permitiu que em nenhum momento do seu percurso histórico, os angolanos perdessem a esperança, mesmo quando confrontad­os com actividade­s difíceis de gerir como foram os casos da luta armada de libertação nacional, as batalhas de Kifangondo, do Ebo, do Cuito Cuanavale e outras tantas. A esperança manteve-se intacta.

Arrola-se também as mudanças que ao longo do tempo foram operadas na matriz político-económica, que são exemplos bastantes de que a esperança tem mesmo o peso e valor de ser “a última a morrer”. Outro exemplo que atesta a esperança como factor de força dos angolanos acha-se nas memoráveis palavras do falecido General de Exército, João Baptista de Matos, que aquando da queda do Huambo disse: “Não perdemos a guerra no Huambo, fizemos um recuo estratégic­o para ocupar posições mais vantajosas”. Que bravura esperanços­a de um exímio “cabode-guerra”. Reavivar a esperança afigura como tarefa inadiável para o convívio entre angolanos e não só.

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