Solicitada celeridade nos projectos sociais
O governador provincial do Zaire, José Joanes André, orientou quarta-feira às administrações municipais e comunais para serem mais céleres na execução de programas socioeconómicos, no sentido de diminuir-se as dificuldades que a população local ainda enfrenta.
Joanes André ressaltou que o atendimento e a resolução dos problemas da população requerem celeridade e rapidez dos administradores municipais e comunais, com vista a garantir uma melhoria das condições de vida dos habitantes. O governador, que falava durante o acto de empossamento dos novos administradores e seus adjuntos, aconselhou os referidos gestores públicos a manterem firme o diálogo com a população, a adoptarem uma conduta de humildade e paciência, bem como deixarem as pessoas expressarem a sua vontade, para que sejam atendidas as suas principais preocupações.
O responsável disse ser importante que os munícipes saibam que têm a máxima atenção da administração municipal no que diz respeito à resolução dos seus principais problemas. Os técnicos de saúde da província da Lunda-Sul pediram quarta-feira, em Saurimo, ao governador Ernesto Kiteculo que envide esforços, juntamente com outras entidades de direito, para se melhorar as condições salariais e de trabalho da classe.
No final de um encontro com o governador, o presidente da Ordem dos Enfermeiros (Ordenfa), Miguel Daniel, disse que a ausência de condições de trabalho nas unidades sanitárias, os baixos salários e a falta de actualização de categorias dos profissionais são as principais preocupações que afligem a classe na região.
Explicou que a falta de iluminação pública nas unidades sanitárias e de segurança, para se evitar assaltos aos enfermeiros, bem como a questão da humanização dos serviços de saúde, que dependem muito da disponibilidade das condições de trabalho e do aumento de recursos humanos, são outras situações que devem ser revistas.
O presidente da ordem louvou o gesto do governador de reunir com mais de 100 técnicos da Saúde, para avaliar a situação do sector, o que despertou e elevou o moral dos enfermeiros, que esperam ver os seus problemas resolvidos.
Miguel Daniel considerou que “o enfermeiro é o artífice ou a espinha dorsal de todo e qualquer tipo de unidade sanitária do país”, por isso, deve ser mais valorizado.
Neste sentido, o responsável dos enfermeiros defendeu a realização periódica de encontros de género, para que os governantes conheçam de perto e de forma real as vicissitudes por que passam os técnicos e, estes, por sua vez, tenham ideia dos projectos do Governo para se inverter o quadro.
O governador Ernesto Kiteculo, ao responder às questões dos técnicos da Saúde, idos dos quatro municípios da província da LundaSul, salientou que teve a oportunidade de colher muitos subsídios, capazes de contribuir para a melhoria do sector na província.
Ernesto Kiteculo considerou que “o sector da Saúde é vida e, sem ele, não podemos desenvolver nada”, daí defender uma maior e especial atenção por parte do Governo Provincial, com vista a salvaguardar a saúde da população.
Apesar de reconhecer as dificuldades que os técnicos do sector enfrentam, o governador encorajou-os a continuarem firmes na missão que a população lhes confiou, elogiando, por isso, o trabalho que os enfermeiros e outros auxiliares têm desenvolvido. Ernesto Kiteculo disse que os problemas levantados são transversais, por isso exigem o redobrar de esforços da parte de todos, a fim de serem resolvidos. “Há uns que são da competência do Governo central e outros da nossa responsabilidade. Temos de equacionar as ideais e encontrar a solução”, disse o governador Ernesto Kiteculo.No termo do encontro, o governador, em companhia do vicegovernador para a área Técnica e Infra-estruturas e de outros membros do governo, visitou algumas unidades sanitárias da cidade de Saurimo, com realce para o Hospital Geral da Lunda-Sul e os centros materno-infantil e do bairro Txizaínga II.
Recomendações
A directora do Hospital Geral da Lunda-Sul, Hortênsia Miguel, avançou que o governador Ernesto Kiteculo baixou orientações no sentido de acelerar-se as obras de ampliação da morgue.
Hortência Miguel disse que os equipamentos para as obras já estão disponíveis, assim como houve recomendações para a montagem das incineradoras nos sítios convenientes, para um melhor tratamento na região do lixo hospitalar.
Quando a estrutura física da morgue for concluída, a mesma vai ter uma capacidade de 24 gavetas, suplantando assim as actuais seis, consideradas insuficientes para garantir a conservação de corpos.
O Hospital Geral da Lunda-Sul tem uma capacidade de internamento de 160 doentes, que são atendidos por 25 médicos, auxiliados por um grupo de 180 técnicos de Enfermagem.
O responsável dos enfermeiros defendeu a realização periódica de encontros do género, para que os governantes conheçam as vicissitudes por que passam os técnicos