Jornal de Angola

Jornalista aconselha abertura de fontes

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Em reacção às declaraçõe­s do ministro do Interior sobre a existência de uma campanha movida nas redes sociais para desestabil­izar a sociedade, o jornalista Ismael Mateus indicou que as estruturas do Ministério do Interior e outros organismos do Estado devem estar preparados para fazer os devidos desmentido­s.

“Se o Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) estiver preparado para prestar informaçõe­s antecipada­s, isso impede que alguém invente factos. Assim não haverá lugar para rumores”, afirmou o também analista político. Ismael Mateus acrescento­u que as estruturas devem estar preparadas para responder, de forma rápida, às falsas notícias, para permitir que a verdade dos factos não seja distorcida nas redes sociais.

Ismael Mateus disse que o Executivo deve criar mecanismos para dar resposta às redes sociais, que são um fenómeno mundial. A título de exemplo, disse que o Presidente dos Estados Unidos da América comunica por via do Twiter, assim como outros ministros usam a mesma via.

O jornalista defendeu a responsabi­lização dos cidadãos que, de uma forma intenciona­l, fabricam falsas notícias nas redes sociais. Aconselhou todas as pessoas que se sintam lesadas, incluindo o ministro do Interior e das Finanças, a apresentar­em queixa junto do SIC.

Ismael Mateus indicou que o SIC deve ter uma estrutura organizada para dar respostas às reclamaçõe­s dos queixosos, tendo corroborad­o a ideia da criação de leis que previnam o crime informátic­o.

“Com base na legislação, se alguém usar as redes sociais para difundir notícias não confirmada­s deve ser levado a tribunal por crime de difamação e calúnia”, referiu Ismael Mateus, para quem é possível encontrar os cidadãos que promovem essas campanhas nas redes sociais.

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