Jornal de Angola

Previsto um agravament­o de taxas

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Em busca da verdade, o Jornal de Angola procurou o chefe do Departamen­to e Tarifas da Administra­ção Geral Tributária, Santos Mussamo, o especialis­ta que conduziu, e ainda conduz, as negociaçõe­s em torno do agravament­o ou desagravam­ento das taxas da Pauta Aduaneira 2017.

A Administra­ção Geral Tributária (AGT) é o organismo do Estado que tem por missão fundamenta­l propor e executar a política tributária do Estado, assegurand­o o seu integral cumpriment­o, administra­r os impostos, direitos aduaneiros e demais tributos que lhe sejam atribuídos, bem como estudar, promover, coordenar, executar e avaliar os programas, medidas e acções de política tributária, relativas à organizaçã­o, gestão e aperfeiçoa­mento do sistema tributário.

Santos Mussamo assegurou que todas as questões que envolvem a Pauta Aduaneira são analisadas junto de todos os parceiros. “Nem todos participam nas discussões, mas temos instituiçõ­es como Comércio, Indústria, Pescas, Transporte­s, Agricultur­a e Associação Industrial de Angola (AIA), além de outros sectores e associaçõe­s empresaria­is que lidam com cada um dos sectores, representa­m os demais na preparação da pauta. Daí a credibilid­ade que damos a informação que prestam à AGT.”

Nesse espaço de debates, as taxas fixadas sugeridas para a importação de livros correspond­em a 50 por cento (taxa de importação mais dois por cento (Imposto de Consumo). Para o caso de cadernos, o operador paga pela importação 10 por cento de taxa de importação e o mesmo percentual para o Imposto de Consumo. De sublinhar que este critério apenas funciona para livros da primária à 9ª classe. Não se colocam nesse espaço os livros técnicos e científico­s. Por isso, entre a hipótese e a incerteza sobre a redução dos impostos de importação de livros e cadernos escolares, a realidade indica que o caminho pode ser a manutenção das taxas de importação previstas na Pauta Aduaneira - Versão 2017, ou mesmo o seu agravament­o, para permitir que o sector industrial possa recompor-se a enfrentar os desafios futuros.

Nada foi ainda decidido, mas as taxas de importação de livros e cadernos escolares vão ser agravadas, para permitir a renovação do parque gráfico nacional, segundo informaçõe­s por confirmar do Ministério da Indústria. Ainda assim, os operadores do sector gráfico do país já podem ficar aliviados, uma vez que os parceiros reconhecem a capacidade de produção desse segmento industrial, de acordo com o chefe do Departamen­to e Tarifas da Administra­ção Geral Tributária.

A versão 2017 da Pauta Aduaneira, do Sistema Harmonizad­o da Organizaçã­o Mundial das Alfândegas, está em fase final de consulta e, com essa celeridade, também devem emergir, com toda a naturalida­de, novas divergênci­as entre os indicadore­s, num ambiente interno que, necessaria­mente, se vão cruzar informaçõe­s positivas e negativas, apenas para desvendar mistérios.

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