Lula mantém o plano de concorrer em 2018
O ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou ontem a vontade de ser candidato nas eleições presidenciais de 2018 e denunciou uma “maioria fascista” no Congresso Nacional que tenta “desfazer-se” do Brasil através de privatizações.
Citado em vários escândalos de corrupção, o exgovernante, condenado a nove anos de prisão em primeira instância e com outros seis processos abertos, vêse como “o candidato com maior perspectiva de ganhar as eleições no Brasil”, apesar de uma condenação em segunda instância poder deixá-lo inabilitado.
“O PT não vai abrir mão de um candidato que tem perspectivas de ganhar para tentar criar um candidato novo. Eu gostaria que a gente tivesse dezenas e dezenas de pessoas preparadas no PT para serem candidatas, mas o partido entende que nesse momento a minha candidatura é a melhor coisa que pode ajudar o Brasil, pode ajudar o PT e sobretudo pode ajudar o povo trabalhador brasileiro”, declarou Lula numa entrevista à Efe em São Paulo. Presidente entre 2003 e 2010, o ex-sindicalista esclareceu que antes de ser candidato quer provar a sua inocência, e referiu que “não é a primeira vez na história da humanidade que os sectores mais reaccionários, os sectores de direita, perseguem alguém”. Além de uma possível vitória nas urnas, Lula reconheceu a necessidade do apoio do Congresso para governar no Brasil e não descartou repetir acordos “programáticos”. Uma empresa chinesa de venda de metais anunciou quinta-feira que está a investigar se as minas congolesas que fornecem cobalto para o grupo, um elemento chave para fabricação de telefones celulares e automóveis eléctricos, utilizam trabalho infantil.
A empresa Yantai Cash, com sede na província de Shandong, informou que abriu uma investigação sobre a rede de abastecimento a pedido da London Metal Exchange, a Bolsa de cotação dos preços de mercado.
A Amnistia Internacional (AI), com sede em Londres, publicou um relatório na semana passada em que acusa grandes empresas de tecnologia e veículos eléctricos de não garantirem que os minerais utilizados na fabricação das baterias não contam com trabalho infantil. De acordo com a AI, na RDC os investigadores observaram crianças de até sete anos a trabalharem na prospecção de rochas ricas em cobalto.
Segundo a Amnistia, as empresas - nas quais se incluem a Microsoft, Renault e o grupo tecnológico chinês Huawei - não realizaram nenhuma acção para saber se as baterias utilizadas nos seus produtos estão ligadas ao desrespeito aos direitos humanos. O jornal britânico "Financial Times" informou na quarta-feira que a London Metal Exchange investiga se no seu mercado é negociado cobalto extraído por crianças. O principal executivo da Yantai Cash anunciou que a empresa está a investigar a cadeia de abastecimento com a ajuda da RCF Capacity Planners, sedeada em Miami.