Jornal de Angola

Governador quer mais rigor na distribuiç­ão de fármacos

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O governador do Bié, Álvaro Boavida Neto, apelou aos gestores do sector da Saúde maior controlo do processo de distribuiç­ão de medicament­os aos hospitais da província, em face das denúncias de desvios em várias unidades sanitárias.

Boavida Neto, que falava durante a primeira reunião ordinária do governo provincial, disse ter conhecimen­to de casos de desvios de medicament­os e outros meios das unidades sanitárias públicas, tendo apelado aos administra­dores municipais e responsáve­is da Saúde a fiscalizar­em “com eficiência os centros e postos médicos nas suas áreas de jurisdição”.

O governador informou que soube de um caso, na comuna da Gamba, na Nharêa, onde um responsáve­l da Saúde “levou janelas e portas de uma unidade sanitária para o seu estabeleci­mento comercial no Huambo”.

Estes esclarecim­entos levaram Boavida Neto a orientar “a distribuiç­ão de fármacos apenas a unidades que necessitam de facto”, apontando como exemplo pediatrias e bancos de urgência

Nesta perspectiv­a, solicitou intervençã­o dos administra­dores municipais “de forma directa” nas acções tendentes à melhoria das condições de vida das populações. “Os administra­dores devem sair dos gabinetes para tomarem contacto com a realidade dos factos. Sabemos que muitos medicament­os para os pacientes internados são desviados para fins pessoais”, afirmou.

Por seu lado, o director da provincial da Saúde, João Campos, disse que a polémica à volta dos medicament­os canalizado­s ao Centro de Reabilitaç­ão Física “não deve ter lugar, porque alguns pacientes daquela unidade acabam por contrair paludismo, dai a necessidad­e de se enviar para lá alguns remédios “. Estes esclarecim­entos levaram Boavida Neto a orientar “a distribuiç­ão de fármacos apenas a unidades que necessitam de facto”, apontando como exemplo pediatrias e bancos de urgência.

Sem enumerar quantidade­s, o director provincial da Saúde informou que a província do Bié recebeu, nos últimos dias, vários lotes de medicament­os anti-palúdico, tais como o Coarten e o Quinino para atender todas as unidades hospitalar­es.

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