“As Cores da Serpente” em estreia na Bahia
O artista plástico Tho Simoes e o convidado especial da sessão de pre-estreia do documentário “As Cores da Serpente” que acontece no próximo dia 29 de Novembro, na cidade de Salvador da Bahia, no Brasil.
O filme acompanha a trajectória de grafiteiros de Angola que, em busca da própria ancestralidade, realizaram na Serra da Leba, estrada que liga as províncias do Namibe e Huíla, uma das maiores intervenções artísticas do continente africano, cobrindo com grafite cerca de três mil metros quadrados de murais.
A longa-metragem “As Cores da Serpente” foi realizada pelo jornalista e cineasta brasileiro Juca Badaro e pela produtora de cinema Renata Matos, também brasileira, que já possuíam uma estreita relação com a cultura angolana. Os dois moraram e trabalharam durante dois anos em Angola, onde fizeram parte de diversos projectos na aérea de comunicação. Para rodar o filme, contaram com uma equipa formada maioritariamente por técnicos e artistas angolanos.
“A nossa maior preocupação foi fazer um registo afectivo do processo de criação destes grafiteiros que sempre estiveram em busca da sua própria ancestralidade, tantas vezes marginalizada e condenada pelo colonizador. Nas obras, eles retratam esse sentimento”, afirma Juca Badaro que assina o roteiro e a direcção do filme. Para ele, o desejo de buscar a própria identidade e as tradições e o que move os jovens artistas de Angola.
O trabalho de intervenção nos murais da Leba e um projecto idealizado pelo jornalista angolano Vladimir Prata e contou com a direcção artística de Tho Simoes, tendo juntado um colectivo com grafiteiros da periferia de Luanda e das províncias da Huila e do Namibe. A Serra da Leba e um dos pontos turísticos mais visitados de Angola, cortada por uma estrada que liga duas importantes cidades da região sul do país.
O evento acontece quarta-feira próxima, as 19h00, no Cinema do Museu, em Vitória.