Cultos voltam à Maná
Jorge Tadeu, líder espiritual e fundador da Igreja Maná, dirige desde ontem uma convenção de fé, no templo sede localizado na avenida Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy”, no bairro do Golfe, em Luanda.
O regresso do apóstolo a Angola, que se encontra em Luanda desde quinta-feira, acontece depois de a sua igreja ter sido proibida, em 2008, de realizar actividades religiosas no país, fruto de uma deliberação do Ministério da Justiça, na sequência de desavenças entre membros da Igreja Maná, que culminou com o surgimento da Igreja Josafat.
O Tribunal Supremo anulou o acto do Ministério da Justiça, que impedia a Igreja Maná de realizar cultos em Angola. Nessa altura, a Igreja Josafat entrou em cena, passando a realizar as suas actividades religiosas nos espaços até então pertencentes à Maná.
Com a decisão do Tribunal Supremo, a igreja Maná recebeu o aval de voltar a realizar os seus cultos em todo o território nacional. Os primeiros contactos entre o líder dessa igreja e as autoridades angolanas foram encetados esse ano, em Lisboa, durante um encontro entre o embaixador de Angola em Portugal, Marcos Barrica, e o líder espiritual, Jorge Tadeu.
Após o anúncio dessa decisão, Jorge Tadeu recorreu ao sítio da Igreja na Internet, onde publicou um vídeo através do qual deu a boa nova aos fiéis da igreja em Angola e, também, manifestou o seu agrado por voltar a realizar actividades religiosas no país. O apóstolo regressa a Angola 11 depois. “Diante disso, quem está de parabéns é o povo de Angola, porque tem um sistema de justiça que, realmente, funciona”, disse Tadeu, acrescentando, “isto mostra que, se algo correr mal, o povo angolano pode ir aos seus tribunais”.
Jorge Tadeu acrescentou ainda que, com esse acto, Angola demonstra ser um Estado democrático e de Direito, em que predomina o primado da lei, “que é muito importante, pois, assim, num Estado destes, tanto o povo como a igreja, se sentem seguros de poderem exercer em liberdade a sua actividade religiosa”, disse.
Durante a sua estada em Angola, Jorge Tadeu vai manter contactos com entidades governamentais.