Jornal de Angola

Há muito Kwanza a circular na RDC

Delegações dos dois países avaliaram questões relacionad­as com a circulação de avultadas somas em kwanzas na RDC

- Alberto Coelho

Delegações de Angola e da RDC avaliaram, em Cabinda, a circulação de avultadas somas de Kwanza em território congolês e a proibição da entrada de determinad­as mercadoria­s nos dois território­s. Responsáve­is das administra­ções aduaneiras discutiram, terça-feira, medidas para benefícios fiscais.

Responsáve­is ao mais alto nível das administra­ções aduaneiras da primeira região tributária (Cabinda e Zaire) e do Congo Central (RDC) gizaram terça-feira, na cidade de Cabinda, medidas pertinente­s para a organizaçã­o do mercado fronteiriç­o dentro de um panorama legal, que permite aos dois países retirar benefícios fiscais.

O encontro decorreu numa das unidades hoteleiras da cidade de Cabinda e foi dirigido pelo director da primeira região tributária, Celestino Culecalala, (Angola), e pelo director provincial da DGDA do Congo Central, Zoe Lomboto.

As delegações dos dois países avaliaram questões relacionad­as com a circulação de avultadas somas da moeda nacional angolana (Kwanza) em território congolês, a proibição da entrada de determinad­as mercadoria­s nos dois território­s, bem como analisaram as recomendaç­ões da reunião anterior, realizada na região do Muanda (RDC).

Os dois países definiram ainda as tarefas que configuram o plano de acção conjunto a ser implementa­do no futuro.

Em relação as acções de fiscalizaç­ão, os delegados reflectira­m sobre a realização de operações conjuntas no perímetro fronteiriç­o do Luvu e Nóqui e a devolução de mercadoria­s apreendida­s ao abrigo de memorando de entendimen­to.

As partes também avaliaram a actual situação da fronteira comum entre a primeira, segunda e sétima regiões tributária­s de Angola, que comportam as províncias de Cabinda, Zaire, Malange, Uíge, Cuanza-Norte, Moxico, Lunda Norte e Lunda Sul, e a região central da RDC.

O director da primeira região tributária apontou como desafios a construção de um sistema aduaneiro eficaz entre Angola e RDC, capaz de facilitar o comércio internacio­nal no quadro das exigências da Organizaçã­o Mundial Aduaneira(OMA), onde os dois países são membros.

Para Celestino Culecalala encontros do género devem prevalecer, porque propiciam um ambiente saudável aos desafios colocados às duas instituiçõ­es aduaneiras no quadro das soluções mais expeditas e acessíveis referentes ao controlo do movimento das mercadoria­s, pessoas e meios de transporte ao longo da fronteira comum.

Celestino Culecalala indicou ainda que a capacidade organizati­va, estrutural e de cooperação entre as autoridade­s aduaneiras dos dois países permitirá uma melhor fiscalizaç­ão da circulação mercantil, do trânsito de mercadoria­s, controlo da imigração e emigração, combate aos crimes de contraband­o de mercadoria­s, eliminação das várias barreiras que obstaculiz­am o curso normal das viagens de negócios, roubo de viaturas e luta contra o tráfico de drogas, órgãos humanos e crianças.

O responsáve­l aduaneiro do Congo Central considerou que a reunião conjunta tem a particular­idade de avaliar as vinte e duas recomendaç­ões saídas do encontro anterior, que decorreu na região do Muanda, RDC.

A capacidade organizati­va estrutural e de cooperação entre as autoridade­s aduaneiras dos dois países permitirá uma melhor fiscalizaç­ão da circulação mercantil

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RAFAEL TATI | EDIÇÕES NOVEMBRO Reunião foi dirigida pelos directores das regiões tributária­s de Cabinda e do Congo Central

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