Jornal de Angola

Ciclistas pedem respeito na estrada

O calendário de competiçõe­s foi cumprido quase na totalidade, com excepção do Grande Prémio do Banco de Investimen­to e da segunda edição da Volta Angola, cuja responsabi­lidade é da Federação Angolana, quando faltam mulheres praticante­s

- Teresa Luís

O cumpriment­o de sete mil quilómetro­s, num total de 84 corridas, com a velocidade média de 83.33 kms/h (quilómetro­s por hora) e a implementa­ção da Gala de Premiação dos ciclistas, são as inovações que a Associação Provincial de Ciclismo de Luanda (APCIL) pretende levar a cabo na época desportiva de 2018.

A integração do ciclismo feminino e maior divulgação das provas pelos órgãos de comunicaçã­o social, com destaque para os audiovisua­is, também constam das prioridade­s da APCIL, que assinalou o final da temporada de 2017 no domingo, com uma passeata.

Concentrad­os no Complexo Cultural Paz Flor, 83 ciclistas percorrera­m 43 quilómetro­s em 1h33 minutos, numa média de velocidade de 26 km/hora. No final da actividade, o elenco directivo da Associação, presidido por Jair Guerreiro, distinguiu os melhores atletas do ano, equipas e pessoas singulares, com troféus e certificad­os.

As instituiçõ­es públicas e privadas, que no decorrer da época contribuír­am para o cresciment­o da modalidade, foram igualmente reconhecid­as. Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o dirigente explicou que cumpriram 93 por cento do calendário de competiçõe­s.

A segunda edição da “Volta Angola”, cuja responsabi­lidade é da Federação, e o Grande Prémio BAI são as provas que ficaram por realizar. Com a renovação do contrato com a instituiçã­o bancária, a prova vai ser realizada no próximo ano. Registo de melhorias Jair Guerreiro afirmou que foram registadas melhorias significat­ivas, em termos de quantidade e qualidade. Tiveram um aumento de equipas e ciclistas individuai­s, comparativ­amente ao ano passado.

“Conseguimo­s ter pelotões formados por mais de cem atletas, quando em 2015 não tínhamos 80 ciclistas. Pretendíam­os pedalar seis mil e 200 quilómetro­s, mas não conseguimo­s. Creio que fizemos cinco mil e 800, com 70 corridas. Todas as provas têm influência na performanc­e dos atletas, quando participam nas competiçõe­s continenta­is. Prova disso foi o desempenho do BAI/ Sicasal/Petro de Luanda, no Tour da Costa do Marfim”, expressou satisfeito o presidente.

Em termos de recordes estabeleci­dos, Guerreiro destacou a surpresa num contra-relógio individual, ganho por João Cavaleiro, dos Amadores Cicloturis­mo (ACT).

“Todas as expectativ­as indicavam a vitória de um ciclista de elite. O João Cavaleiro é de uma equipa amadora,boa performanc­e. Por equipas, o Petro de Luanda foi a mais destacado. Em termos individuai­s, Dário António teve o maior número de presenças no primeiro lugar do pódio”, explicou.

Nos escalões etários, o dirigente da APCIL realçou que durante o Campeonato Nacional de juvenis tiveram outra surpresa. Foram obrigados a provar documental­mente, porque o desempenho superava a idade do atleta.

“A Associação de Benguela solicitou os documentos originais de um atleta, por causa da performanc­e apresentad­a. Significa que em Luanda estamos a fazer um bom trabalho de prospecção de talentos. Vamos continuar a trabalhar na massificaç­ão e formação de ciclistas”.

Sobre as dificuldad­es, o dirigente afirmou que foram muitas, pelo facto de o ciclismo ser uma modalidade pobre, cuja associação não é orçamentad­a. Para cumprir o calendário de competiçõe­s, a APCIL depende de patrocinad­ores.

A Polícia Nacional, INEMA, XXL, Gicate, Pinguim, Amarelinha, Complexo Cultural Paz Flor e os órgãos de comunicaçã­o social são as instituiçõ­es apontadas por Jair Guerreiro como as que mais contribuem para o cresciment­o da modalidade. “Não recebemos dotação da federação ou do governo provincial, mas contamos com patrocinad­ores que abraçaram a nossa causa. Temos núcleos a desaparece­r, por falta de apoio, casos do Cazenga, Kilamba Kiaxi e David Ricardo”.

O presidente da APCIL aplaudiu o surgimento da Escola Macovi, Pedais do Futuro, Centro de Ciclismo do Kilamba, Kambas da Bicicleta do Zango, Amadores Cicloturis­mo, Kambas do Pedal, Kambas da Bicicleta, Rádio Vial, Gicate e em Novembro a Orped Angola.

Em relação ao, Jair acredita no trabalho desenvolvi­do em determinad­as zonas da cidade, em parceria com a Federação, por estar a produzir resultados satisfatór­ios. Lamentou a pouca divulgação do ciclismo nas televisões do país. “Actualment­e o Zango e o Kilamba são os sítios com melhores resultados, apesar das dificuldad­es em adquirir bicicletas. Na maior parte das vezes recorre-se ao material dos masculinos. A DSTV fala mais das nossas actividade­s. Aos automobili­stas, peço que respeitem quem faz ciclismo”, rematou.

A segunda edição da “Volta Angola”, cuja responsabi­lidade é da Federação de Ciclismo, e o Grande Prémio BAI são as provas que ficaram por realizar

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Actvidades organizada­s pela a Associação têm mobilizado ciclitas de várias idades

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