Empresa ergue casas sociais para funcionários públicos
A empreitera faz uma contínua aposta na melhoria da habitação social em todo o país, apesar da crise.
Um total de três mil e 200 habitações estão a ser construídas, em Luanda, para beneficiar funcionários dos ministérios da Justiça e Direitos Humanos, Interior e Angop, soube o Jornal de Angola.
A Jefran-Engenharia, empresa encarregue de erguer as residências, assinou contratos com as referidas instituições, cujos os prazos de entrega não foram revelados.
Fonte da empresa que falou para o JA, disse de igual modo,que a Jefran-Engenharia leva a cabo a construção de residências para acomodar funcionários da Procuradoria Geral da República e do Governo da Província de Luanda.
A empresa faz uma contínua aposta na melhoria da habitação social em todo o território nacional, apesar da difícil situação económica e financeira do país, que obrigou a alguma retracção da sua actividade nos últimos tempos, revelou ao Jornal de Angola o presidente do Conselho de Administração da empresa, Francisco Simão da Silva.
A construtora, que emprega apenas nacionais, pretende ser um actor importante na estratégia do Executivo para a disponibilização de habitações com cada vez mais qualidade.
“Vamos lutar para as eliminações progressivas das favelas e contribuir para que um maior número de pessoas tenha uma habitação condigna”, disse Francisco da Silva, explicando que, nesta altura, mais de 1.500 pessoas vivem em casas erguidas pela empresa que dirige.
O empreiteiro destacou o apoio à juventude na concretização do “sonho de casa própria” e indicou que existe “capacidade tecnológica” à altura das encomendas em qualquer parte do país.
“Além de casas sociais, temos, também, clientes jurídicos, ou seja, diversas instituições que solicitaram a construção de habitações para os seus funcionários”, sublinhou.
À pergunta sobre a capacidade de entrega das habitações, o responsável mostrou-se optimista com as recentes medidas de “choque”, tomadas pelo Governo, no sentido de estabilização progressiva do preço do cimento.
“Louvamos muito a atitude que o Governo teve e outras que se seguirão, que, certamente, vão facilitar significativamente a vida dos empreiteiros”, disse Francisco da Silva, tranquilizando os clientes.
O empreiteiro acrescentou que a instituição por que responde está a dar o seu melhor para honrar os compromissos com clientes.
“Mas precisamos de algum tempo. Ficámos três meses sem trabalhar, por falta de matéria-prima e só agora as cimenteiras arrancaram.” Recordou que, no passado, a Jefran chegou a erguer 10 casas por dia, uma performance que pretende recuperar, tão logo estabilize o preço do cimento.
A empresa opera no mercado há cerca de doze anos e tem representações nas províncias de Luanda, Huíla, Huambo, Malanje, Benguela e Cabinda, onde trabalha na construção de casas do tipo T3 e T4, de baixa renda.
Acusação é falsa
A Jenfran é acusada de pagamento de cerca de 30 por cento de “comissão” ao ministro do Interior, Ângelo da Veigas Tavares, do valor que a empreiteira recebe pela construção das habitações.
A denúncia é feita por uma publicação digital e mereceu, inclusive, alguma atenção nas redes sociais. Em resposta, Francisco da Silva diz tratar-se de um “falso problema.”
“O Ministério do Interior é um cliente credível, muito bom mesmo. Paga, na totalidade, as casas para os seus funcionários”, esclareceu. De acordo com o empresário, a Jefran foi a empreiteira que apresentou a melhor proposta para a construção das habitações.
“O problema, muitas vezes, são as intrigas no meio empresarial. Há quem não tem capacidade para responder a determinados desafios e se sinta mal, quando alguém o consegue. Por isso, arranjam desculpas destas, para justificar o seu próprio fracasso”, disse.
Francisco da Silva reconheceu ser difícil suportar frustrações, mas que também já teve muitas ao longo do seu percurso, enquanto empresário. “Tive dificuldade e as superei. Nunca culpei quem quer que seja pelos meus problemas. Acreditei sempre que tudo passaria, como veio a acontecer”, disse o responsável.