“Corta cabeça” apanha pena máxima de 30 anos de prisão
O réu Severino Tchivinda Pesso foi condenado, ontem, em Menongue, a 30 anos de prisão maior por ter cortado cabeças de duas jovens e cometido outros três crimes de homicídio qualificado, dois de homicídio frustrado e um de posse de estupefaciente, no Cuando Cubango.
O Tribunal Provincial do Cuando Cubango, que julgou o caso, obrigou ainda o réu a pagar a quantia de um milhão de Kwanzas a cada família das cinco vítimas dos homicídios qualificados.
Também conhecido por “Corta Cabeças” vai ainda pagar 200 mil Kwanzas cada aos dois cidadãos vítimas de homicídio frustrado, 80 mil Kwanzas de taxa de emolumento de justiça e 10 mil Kwanzas ao seu defensor oficioso.O advogado de defesa, Afonso Manuel dos Santos, disse que o julgamento do Severino Tchivinda Pesso decorreu de acordo com o que se baseia na lei e dos factos que aconteceram como crimes.
Luís Santiago, pai de Juliana Maria Viqueia, uma das vítimas de 16 anos que foi decapitada a cabeça no dia 21 de Março do corrente, manifestou-se regozijado com a decisão do tribunal, mesmo apesar da perda da sua filha.
Acrescentou que devido à sua condição física, deficiente das duas pernas, esperava que um dia a sua filha lhe poderia ajudar, que estudava a 7ª classe.
Severino Tchivinda Pesso foi detido no dia 17 de Abril do corrente ano pelos efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC) na sua residência no bairro Paz, na posse de duas cabeças das duas jovens decapitadas sendo uma em Março e outra em Abril de 2017.
Em declarações à imprensa no dia da detenção, Severino Tchivinda Pessa, confessou os crimes e explicou que matou sobretudo as duas jovens porque praticavam a prostituição na via pública. Questionado da razão de cortar as cabeças das vítimas, para depois guardar em sua casa, explicou que estava a cumprir com um ritual dos seus antepassados.