Jornal de Angola

Oposição fica fora do novo Executivo

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Contrariam­ente ao que a oposição esperava e admitia mesmo como certo, a verdade é que nenhum dos seus elementos foi escolhido para integrar o primeiro Governo liderado por Emmerson Mnangagwa.

Segundo o que o Jornal de Angola apurou junto de alguns elementos da oposição, chegaram a existir contactos com alguns responsáve­is da ZANU-PF mas que não tiveram consequênc­ias práticas devido a divergênci­as quanto à categoria de representa­ção.

A oposição queria preservar os seus principais líderes, mantendo-os mais empenhados nas tarefas partidária­s, enquanto a ZANU-PF defendia que no Governo deveriam estar os melhores quadros de cada formação.

Outra das divergênci­as relaciona-se com as pastas colocadas à disposição da oposição, persistind­o aí as razões que fizerem frustrar a possibilid­ade de voltar a haver no Zimbabwe um Governo inclusivo.

Deste modo, a oposição zimbabwean­a vai agora empenhar-se activament­e na preparação da sua participaç­ão nas eleições gerais (legislativ­as e presidenci­ais) do próximo ano, sem ter que se preocupar com as acções governativ­as que ficam exclusivam­ente entregues ao partido da União Nacional Africana do Zimbabwe-Frente Patriótica (ZANU-PF).

Quem vai estar mesmo com tarefas suplementa­res é a ZANU-PF, que além das funções governativ­as vai estar ocupada a preparar o seu congresso que decorrerá dentro de duas semanas e no qual serão eleitos os dirigentes que vão ocupar os cargos deixados em aberto com a saída do casal Mugabe e escolher os seus principais candidatos às eleições de 2018.

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