Jornal de Angola

OPEP decide estender os cortes na produção

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O presidente Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo (OPEP), Jalid al Falih, anunciou ontem que a organizaçã­o, em conjunto com uma dezena de produtores independen­tes, decidiram estender o acordo sobre os cortes na produção de petróleo até ao final de 2018.

“Tenho o prazer de anunciar a decisão unânime e solene de estender o nosso acordo até ao final de 2018”, disse o presidente da OPEP, citado pela agência espanhola EFE.

A reunião dos 14 elementos da OPEP e do grupo de independen­tes decorreu quinta-feira na capital austríaca, com o objectivo de analisar a situação do mercado petrolífer­o.Desde a decisão do ano passado, que cortou a produção conjunta em cerca de 1,8 milhões de barris por dia, os preços do petróleo aumentaram para mais de 60 dólares por barril, atingindo o nível mais alto dos últimos dois anos.

“A meta é reduzir pelo menos 150 milhões de barris de petróleo, abaixo dos níveis actuais da Organizaçã­o de Cooperação e Desenvolvi­mento Económico (OCDE)”, sublinhou Jalid al Falih. O presidente da OPEP disse ainda que está “extremamen­te optimista”, defendendo que “os investimen­tos retornarão ao sector do petróleo” a médio e longo prazos.

Manutenção do acordo

O actual presidente de turno da OPEP, o ministro do Petróleo saudita, Jalid al Falih, instou que todos os países membros mantenham o rumo do actual corte de produção, para estabiliza­r o mercado.

No discurso inaugural da 173.ª reunião ministeria­l da OPEP, o ministro saudita afirmou que “cada país membro deve assumir plena responsabi­lidade pela sua contribuiç­ão, é a única forma para ter êxito”. “Para alcançarmo­s os nossos objectivos de forma sustentada, insto todos os países membros da OPEP a manterem o rumo do corte acordado”, disse Al Falih.

Os países que assinaram esse acordo, em vigor desde 1 de Janeiro e até Março de 2018, debateram o alargament­o dessa política por mais nove meses. Com o acordo, os preços do petróleo já subiram nos últimos meses para níveis acima dos 60 dólares por barril, o mais alto dos últimos dois anos.

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J. BROOKS SPECTOR Cartel esteve reunido em Viena para avaliar o mercado

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