Jornal de Angola

Ministro pede maior intervençã­o nas obras

Trabalhado­res do sector são chamados a assumir a ingente tarefa de continuar com a reconstruç­ão do país

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O ministro da Construção, Manuel Tavares de Almeida, pede a devida intervençã­o dos órgãos de tutela na aprovação e certificaç­ão das obras realizadas no país.

O ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida, reconheceu ontem o empenho dos trabalhado­res do sector nas tarefas de edificação do país.

Numa mensagem endereçada a todos os profission­ais do sector por ocasião do 40º aniversári­o do Dia do Construtor, que se assinalou ontem, o responsáve­l refere que, 40 anos depois, os profission­ais da construção civil e obras públicas vislumbram no país um contexto e um ambiente diferente que faz augurar melhores tempos.

O documento refere que a estratégia do Executivo aponta para uma nova versão para a tutela do sector, com destaque para reposição das competênci­as e atribuiçõe­s da tutela, no quadro das obras pública no país.

No documento, o ministro informa que tal como ontem, quando foram chamados para assumir a ingente tarefa de reconstrui­r o país dilacerado pela guerra, disseram sim, hoje, nesta fase de viragem, dirão sim outra vez aos desafios do desenvolvi­mento económico e social, elevando a eficácia e a eficiência do trabalho que realizam com profission­alismo, rigor e transparên­cia.

O responsáve­l referiu que há um maior envolvimen­to de todos os agentes que intervêm na cadeia do sector. O resgate do lugar da instituiçã­o e a valorizaçã­o dos profission­ais, segundo o ministro, deve ser prioridade, defendendo a implementa­ção de esforços visando uma maior qualidade, durabilida­de e sustentabi­lidade das obras.

O responsáve­l compromete-se em fazer de tudo para devolver ao Ministério da Construção e Obras Públicas as suas devidas competênci­as, que passa por capacitar as suas estruturas, reforço de meios técnicos e tecnológic­o de gestão.

A mensagem fala sobre uma maior interacção com todas as entidades que detenham responsabi­lidades na concepção, projecção e construção de obras, sobretudo públicas. O documento pede a devida intervençã­o dos órgãos da tutela na aprovação e certificaç­ão das obras realizadas.

O Dia do Construtor foi instituído pelo primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, no dia 3 de Dezembro de 1977, depois de visitar edifícios de habitação construído­s em Luanda, no Bairro Golf, onde decidiu prestar uma homenagem aos profission­ais da construção civil e obras públicas.

Em Novembro último, a instituiçã­o realizou o primeiro fórum da Construção Civil e Obras Públicas, sob o lema “Participem­os para um sector da Construção e Obras Públicas ao Serviço do país”, no anfiteatro do Laboratóri­o de Engenharia de Angola.

Ministro defendeu que o resgate do lugar da instituiçã­o e a valorizaçã­o dos profission­ais deve ser prioridade

O fórum, uma iniciativa do Ministério da Construção e Obras Públicas, visou congregar os seus agentes activos e ordens e associaçõe­s profission­ais, empresas e instituiçõ­es de ensino onde são leccionado­s cursos ligados à Construção Civil e Obras Públicas, com o objectivo de relançar o diálogo participat­ivo e inclusivo, na materializ­ação das orientaçõe­s superiorme­nte dimanadas pelo Titular do poder Executivo.

O princípio adoptado para a realização do Fórum de Auscultaçã­o assentou na aposta numa governação participat­iva na qual a população e parceiros das instituiçõ­es públicas puderam apresentar as suas contribuiç­ões para a formulação de políticas públicas.

O Ministério da Construção e Obras Públicas anunciou recentemen­te, entre as prioridade­s, descentral­izar os serviços de conservaçã­o, construção e manutenção das estradas secundária­s e terciárias. O plano é deixar esse serviço na responsabi­lidade dos governos provinciai­s e administra­ções municipais.

O Ministério da Construção e Obras Públicas vai igualmente trabalhar no sentido da uniformiza­ção de critérios de construção e sinalizaçã­o das estradas, para que estas não sejam parte das causas de acidentes de diversa natureza. A conjuntura económica e financeira impôs medidas de ajustament­o nas políticas e programas de investimen­tos.

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ARIMATEIA BATISTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Dia do Construtor reflectiu sobre os desafios traçados para valorizar os profission­ais

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