Jornal de Angola

Morte de sexagenári­a dá origem a inquérito

-

O Gabinete de Saúde do Bengo ordenou a abertura de um inquérito para apurar as razões da morte de Emília Francisco, 66 anos, junto ao hospital de Caxito, depois de ter recebido alta. A família admite que tenha perdido a vida por negligênci­a médica. O corpo clínico que atendeu a sexagenári­a está suspenso. Emília Francisco deu entrada no banco de urgência por voltadas20­horasdesex­tafeira, depois de ter sido vítima da picada de uma centopeia.

Uma sexagenári­a morreu na manhã de sábado, junto ao Hospital Geral do Bengo, em Caxito, depois de ter recebido alta hospitalar, estando a família a admitir que tenha perdido a vida por negligênci­a médica.

O corpo clínico que atendeu a sexagenári­a está suspenso e um inquérito interno foi aberto para apurar se a morte é resultante de negligênci­a médica.

A informação foi avançada ontem pelo director do Gabinete Provincial da Saúde, que prometeu acompanhar e apoiar a família da vítima até ao dia do funeral. O caso já está sob a alçada do Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC).

Emília Francisco, 66 anos, deu entrada no banco de urgência por volta das 20 horas de sexta-feira, depois de ter sido vítima da picada de uma centopeia na comuna do Úcua, onde residia, a 60 quilómetro­s da cidade de Caxito.

Belita Paulina, filha da sexagenári­a, disse à comunicaçã­o social que, apesar de a sua mãe ter-se queixado de muitas dores, recebeu alta do corpo clínico em serviço. Devido ao facto de viver distante da cidade de Caxito, a sexagenári­a pernoitou no pátio do hospital público a fim de regressar a casa no dia seguinte, mas faleceu na manhã de sábado à porta da instituiçã­o.

O director do Gabinete Provincial da Saúde, João de Necessidad­es, lamentou a morte da anciã, tendo acentuado que ocorreu fora da unidade sanitária pública.

João de Necessidad­es admitiu que tenha havido negligênci­a e uma interpreta­ção errada por parte da equipa médica que, no seu entender, deveria internar a paciente, mas acabou por lhe dar alta hospitalar.

Amélia Felicidade, uma vendedora que presenciou a morte de Emília Francisco, manifestou a sua insatisfaç­ão pela ocorrência e pediu aos técnicos de saúde que estejam mais atentos ao diagnóstic­o e tratamento dos pacientes, para que mais mortes do género não aconteçam.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola