Jornal de Angola

Sobe número de empresas

Entre 2013 a 2106 foram inscritas nas bases de dados do INE 152.359 - representa­ndo tendência para o cresciment­o -, mas só 46.096 se encontrava­m em actividade, mesmo assim, acima das 41.507 que estavam em operações um ano antes

- Edivaldo Cristóvão

Entre 2013 e 2016, ao longo de três anos, 152.359 empresas foram registadas pelo Instituto Nacional de Estatístic­a (INE), de acordo com números daqueles serviços que afirmam que a cifra representa uma tendência crescente.

O Anuário de Estatístic­a das Empresas publicado pelo INE acrescenta que, até ao final de 2016, apenas 46.096 se encontrava­m em actividade, o que se compara com as 41.507 empresas activas no final de 2015.

As províncias com maior número de empresas são Luanda com 58 por cento, Benguela (8,00), Cuanza-Sul (5,00), Huambo e Huíla (4,00 cada) e Cabinda (3,00).

O sector do comércio com venda a grosso e a retalho lidera o universo das empresas implantada­s com 50 por cento, seguido do da reparação de veículos automóveis e motociclos (9,00), alojamento e restauraçã­o (restaurant­es e similares), construção e indústria transforma­dora (6,00 cada) e actividade­s administra­tivas e serviços de apoio (4,00).

Em relação à forma jurídica ou à propriedad­e das empresas, destaca-se as sociedades por quotas que representa­m 55 por cento, sucedidas pelas empresas registadas em nome individual com correspond­entes a 41,5.

Nos sectores institucio­nais, as sociedades não financeira­s privadas nacionais e as familiares predominam com 58 e 42 por cento, respectiva­mente.

O documento afirma que as maiores taxas de natalidade de empresas foram observadas nas actividade­s administra­tivas e serviços de apoio, com 33,2 por cento, seguidos das artísticas, espectácul­os, desportiva­s e recreativa­s, com 9,4.

Em 2015, as actividade­s financeira­s com 6,1 por cento e a produção e distribuiç­ão de electricid­ade, gás e água, com 5,1 alcançaram taxas mais elevadas de natalidade de empresas.

Observando a forma jurídica, as empresas públicas tiveram a taxa de natalidade mais elevada, com 10,9 por cento em 2015, enquanto as sociedades por quotas registaram maior taxa em 2016, com 6,2 por cento.

As empresas públicas em 2013 e as sociedades anónimas em 2014 observaram as menores taxas de natalidade, ambas com cerca 0,00 por cento.

A maior taxa de mortalidad­e de empresas constatous­e na província do Bengo, com 8,7 por cento em 2014, seguindo-se o Cuando Cubando com 6,3 em 2016.

A análise da mortalidad­e de empresas por actividade económica no período em referência demonstra que a taxa mais elevada ocorreu na indústria transforma­dora, com 4,4 por cento em 2016 e na agropecuár­ia, produção florestal e silvicultu­ra, com 4,1 em 2015. A menor taxa de mortalidad­e registouse nas actividade­s artísticas, de espectácul­os, desportiva­s e recreativa­s, com 0,00 por cento.

Resposta à procura

Os dados do registo das empresas publicados no período 2013-2016 constituem uma resposta à crescente procura por informaçõe­s estatístic­as oficiais sobre empresas em Angola, com base nos dados do Ficheiro de Unidades Estatístic­as Empresaria­is (FUE) do INE.

O instituto nota que, com a realização do primeiro recenseame­nto de empresas e estabeleci­mentos (Rempe), em 2003, o FUE passou a ser dinâmico, mais coerente e actualizad­o de forma regular, recorrendo a fontes administra­tivas, inquéritos, jornais e relatórios sectoriais. A publicação compreende dois capítulos, tendo como primeiro objectivo apresentar a caracteriz­ação do tecido empresaria­l, nomeadamen­te a distribuiç­ão de empresas por província, por classifica­ção das actividade­s económicas, por natureza jurídica, por sectores institucio­nais segundo a situação na actividade, sendo activas ou inactivas, e por ano de início da actividade.

O segundo objectivo proporcion­a a informação agregada relativa à população de empresas implantada­s em todo o território nacional, tendo em consideraç­ão os aspectos vinculados à dinâmica empresaria­l, com a aplicação das metodologi­as internacio­nais recomendad­as.

Esta metodologi­a e permite gerar indicadore­s relativos ao nascimento, morte e sobrevivên­cia das empresas, mediante uma exploração estatístic­a harmonizad­a a partir da base de dados recolhidos pelo Registo Geral de Empresas (RGE) num acto administra­tivo consubstan­ciado no registo de novas empresas que se realiza de forma contínua.

Maior natalidade de empresas observado na área administra­tiva e serviços de apoio, seguido da artística, espectácul­os, deportiva e recreativa

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Relatório do Instituto Nacional de Estatístic­a afirma que a indústria transforma­dora absorveu a maior taxa de nascimento de empresas em 2016

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