Oposição promove marchas em Lomé
Milhares de manifestantes voltaram ontem às ruas da capital togolesa, para reclamar a demissão do Presidente Faure Gnassingbé, que prometeu relançar um processo de diálogo com a oposição, noticiou a agência AFP.
Os simpatizantes de 14 partidos da oposição voltaram às ruas de Lomé, pela terceira vez esta semana, em obediência ao apelo dos seus líderes, numa altura em que o país atravessa uma grave crise política há mais de três meses.
“As manifestações vão continuar até à satisfação das reivindicações que formulamos”, confidenciou JeanPierre Fabre, opositor histórico e chefe da Aliança Nacional para a Mudança (ANC).
Os manifestantes solicitam uma limitação retroactiva do mandato presidencial e a demissão do Presidente Faure Gnassingbé.
O Chefe do Estado está à frente do Togo desde 2005, quando sucedeu ao general Gnassingbé Eyadéma, que dirigiu o país durante 38 anos. Antes de uma eventual concertação, a oposição exige a libertação das pessoas detidas, o levantamento do Estado de sítio e a interdição de manifestação nas cidades do Norte (Sokodé, Bafilo e Mango), de onde partiu essa nova contestação, e o regresso de militares aos quartéis.
Preocupação
O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, manifestou-se ontem preocupado pela instabilidade política que assola o Togo, numa altura em que milhares de manifestantes saíram à rua de Lomé, para solicitar a demissão do Chefe do Estado, Faure Gnassingbé, segundo a AFP.
“A instabilidade no Togo terá consequências regionais e nós devemos pagar o preço do desenvolvimento”, indicou o Presidente Buhari, durante um encontro bilateral com o seu homólogo marfinense, Alassane Ouattara, à margem da cimeira Europa/África, realizada em Abidjan.
Segundo o estadista nigeriano, de 74 anos, que venceu a eleição de 2015, é necessário que a crise tenha uma solução.