Jornal de Angola

Insalubrid­ade no mercado do Luvo

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Muito já foi dito acerca das más condições higiénicas a que ficam expostos os frequentad­ores do mercado transfront­eiriço do Luvo, no posto fronteiriç­o com o mesmo nome, que dista 60 quilómetro­s a norte da sede municipal de Mbanza Kongo, província do Zaire.

As trocas comerciais nesse local são feitas aos fins-desemana (sexta-feira e sábado) de forma alternada, em ambos os lados da fronteira comum entre Angola e a República Democrátic­a do Congo (RDC).

Este mercado a céu aberto, considerad­o por muitos angolanos a alma gémea do antigo mercado do Roque Santeiro, que vigorou em Luanda, recebe milhares de cidadãos provenient­es de quase todas as províncias de Angola e também de muitas regiões da RDC e não só, daí lhe ter sido atribuída a categoria de mercado regional.

A sua regionaliz­ação justifica-se pela presença, ainda que tímida, de cidadãos oriundos do Congo Brazzavill­e, Gabão e da Namíbia neste recinto que regista um movimento frenético de pessoas e de viaturas lotadas de mercadoria­s diversas, entre bens industriai­s, manufactur­ados, produtos alimentare­s, higiénicos, incluindo bebidas e licores, entre outras.

De Angola, saem apenas produtos produzidos no país, com destaque para o peixe seco, refrigeran­tes, cerveja e vinho, assim como utensílios domésticos como mesas e cadeiras plásticas, incluindo produtos do campo como cebolas e batata-rena, entre outros bens.

As mercadoria­s e produtos importados por Angola foram proibidos de serem comerciali­zados no mercado do Luvo, de modo a salvaguard­ar o interesse da economia nacional e do Estado angolano que subvencion­a a sua aquisição no exterior do país, evitando-se, deste modo, a sua reexportaç­ão.

As vantagens para Angola, resultante­s destas trocas comerciais feitas no local não deixam dúvidas a ninguém.

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JAIMAGENS Mercado do Luvo não tem bancadas, nem cobertura

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