Jornal de Angola

CIDADÃOS INSATISFEI­TOS COM PREÇOS NOS CENTROS INFANTIS DAS CENTRALIDA­DES

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Cidadãos insatisfei­tos com preços nos centros infantis das centralida­des Os preços praticados pelos gestores dos centros infantis privados construído­s com fundos do Estado das centralida­des do KK 5000 e Vila Pacífica, nos municípios de Belas e Viana, em Luanda, estão a criar descontent­amento aos pais. Numa ronda feita pela Angop, com base em denúncias de moradores nas referidas zonas, os preços praticados estão fora do alcance do cidadão e da tabela estabeleci­da pelo Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher e que deveriam ser fiscalizad­os pelo Governo Provincial de Luanda (GPL). Os preços praticados vão, mensalment­e, de 47 mil kwanzas a 72 mil, e podem aumentar caso se registe atraso na entrada da criança no centro infantil entre cinco, oito e dez mil kwanzas. A tabela de preços oficial obrigatóri­a, praticada nos centros infantis construído­s pelo Estado e sob gestão de agentes privados é de 35 mil kwanzas, incluindo alimentaçã­o e material didáctico. O encarregad­o de educação Jonas de Almeida Santos é de opinião que a “normalizaç­ão” dos preços deve constar da estratégia do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher para ver melhorada a assistênci­a infantil em Angola. Salientou que os preços ora praticados afastam muitas crianças destes centros, pelo facto de os pais ou encarregad­os de educação não terem capacidade financeira para suportar o ingresso. “A educação pré-escolar, enquanto parte das bases de educação e ensino, requer na actualidad­e uma abordagem mais activa, efectiva e dinâmica”, declarou por sua parte a pedagoga Maria Inocência, que considerou as creches e as escolas como espaços privilegia­dos onde se desenvolve­m os alicerces, habilidade­s sociais, psicomotor­as e hábitos nutriciona­is. Já o sociólogo Abel Chico Joaquim considera que se deve facilitar a entrada das crianças nos centros infantis, pois o subsistema de educação pré-escolar é de grande importânci­a por ser o ponto de partida da preparação da mentalidad­e dos petizes para os níveis subsequent­es. Os preços devem ser praticados de acordo com o salário mínimo nacional, para que todos possam ter acesso aos vários serviços.

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