Angola joga obrigada a derrotar a Eslovénia
Derrotas nas primeiras rondas deixaram a Selecção Nacional com margem curta nas contas da passagem para a outra fase
Angola defronta, hoje às 14h00, a Eslovénia, no seu terceiro jogo do Campeonato do Mundo de andebol sénior feminino, que decorre na Alemanha. Ambas as selecções entram pressionadas, face aos resultados anteriores, por isso estão em causa as pretensões de qualificação para a fase seguinte da prova.
O jogo de preparação realizado recentemente em França, com vitória das europeias, por 31-25, é um importante indicador para as duas equipas técnicas. Mas não passa disso. Depois de um início prometedor, com vitória frente às francesas (24-23), as eslovenas perderam (28-31), diante da Roménia.
Uma vitória hoje pode garantir a qualificação da equipa dos Balcãs para os oitavos-de-final, tendo em conta o claro favoritismo no jogo contra o Paraguai, depois de amanhã, onde a Eslovénia não deverá encontrar grandes dificuldades na conquista dos dois pontos.
Para Angola é imperativo ganhar, sob pena de deixar de depender de si mesma na discussão de um lugar entre as 16 selecções que vão continuar na rota do título mundial.
Missão vencer
Depois de duas derrotas, nas duas primeiras partidas, as campeãs africanas estão obrigadas a pontuar hoje, pois uma vitória sobre a Roménia e outra diante do Paraguai (os dois adversários seguintes) podem não ser suficientes para garantir a qualificação.
Se não conseguir pelo menos um empate, o “sete” nacional fica dependente do saldo de golos, mesmo que derrote a Roménia, na quinta-feira.
A tarefa é complicada para ambas as selecções. Angola chega ao terceiro jogo com uma eficácia de 50 por cento na finalização. Magda Cazanga (11 golos), Isabel Guialo “Belinha” (8) e Aznaide Carlos (8) concretizaram no total 27 dos 43 tentos apontados pelo combinado nacional nas partidas frente à Espanha e à França.
Do lado esloveno, a lateral direita Ana Gros é uma referência obrigatória e deve ser alvo de atenção especial, por parte da defesa angolana. A jogadora do Metz de França anotou 19 dos 52 golos conseguidos pela Eslovénia, nos dois primeiros jogos do Mundial, diante da França e da Roménia.
Sem ser exactamente uma equipa talhada para o contra-ataque, a formação europeia regista elevada eficácia nesta área de jogo, pelo que a recuperação defensiva de Angola deve funcionar em pleno, para evitar surpresas.
A qualidade defensiva demonstrada pelas campeãs africanas pode ser a chave para a vitória. Nas partidas anteriores, os erros técnicos cometidos no ataque pelas comandadas de Morten Soubak permitiram às oponentes a fuga no marcador.
Para Angola é imperativo ganhar, sob pena de deixar de depender de si mesma na discussão de um lugar entre as 16 selecções que vão continuar na rota do título mundial