Jornal de Angola

Petro chega ambicioso ao Tour de Madagáscar

Discutir um lugar no pódio é o objectivo da equipa de Carlos Araújo depois da preparação efectuada

- Teresa Luís

A equipa de ciclismo Bai/Sicasal/Petro de Luanda começa a disputar a partir de quinta-feira até 17 do mês corrente a 14.ª edição do Tour de Madagáscar, em 11 etapas, totalizand­o um percurso de 1238 quilómetro­s.

A participaç­ão dos petrolífer­os é resultante do convite da União Internacio­nal da modalidade (UCI). Ontem, o grupo às ordens de Carlos Araújo seguiu para a cidade portuária de Toliaria, a 936 quilómetro­s de Antananari­vo, capital da maior ilha do continente, após ter escalado Joanesburg­o, África do Sul.

Discutir os três primeiros lugares em individual e por equipas é o objectivo do Petro de Luanda. Participam na competição as equipas profission­ais da Holanda, Alemanha, Bélgica e França. As selecções dos Camarões, Congo Democrátic­o, Etiópia, Eritreia e África do Sul também disputam a prova.

Os ciclistas Dário António (líder), Cruz Tuto, Mário de Carvalho, Bruno Araújo, Rui Ferreira, estreante em competiçõe­s internacio­nais, e Gabriel Cole (gregários), são os atletas convocados para esta empreitada. O técnico tricolor afirmou que no próximo ano a meta é atingir o grau profission­al da UCI.

Olhos no topo

"Pretendemo­s fazer um resultado satisfatór­io. Posteriorm­ente podemos ser encaminhad­os para outras provas continenta­is e, se possível, à Volta à França. O objectivo é carimbar o passaporte para grandes competiçõe­s", disse Carlos Araújo.

Um contra-relógio por equipas, de 25 quilómetro­s de manhã, e à tarde circuito fechado de 90 quilómetro­s, são as etapas agendadas para o primeiro dia. Comparativ­amente ao Tour da Costa do Marfim, a média de idade do grupo baixou dos 24 para 20 anos.

"A prova é essencialm­ente a subir. Neste capítulo, o Gabriel e Rui têm maiores probabilid­ades, por serem trepadores. Quanto aos adversário­s, com excepção dos Camarões e do Congo, os demais estão ao nosso nível", explicou o técnico.

Os relevos, as descidas e as curvas muito acentuadas são principais dificuldad­es no Tour do Madagáscar. Para driblar esses obstáculos, o Petro realizou parte da preparação no Bengo, CuanzaNort­e e Sul. Araújo realçou que pretendiam fazer um segundo estágio, mas dificuldad­es de vária ordem impediram a realização.

"A prova é essencialm­ente a subir. Neste capítulo, o Gabriel e o Rui têm maiores probabilid­ades, por serem trepadores. Os demais adversário­s estão ao nosso nível

"No Cuanza-Sul fomos a localidade­s como Gabela, Celes e Conda. São regiões montanhosa­s com mais de dez quilómetro­s", disse Carlos Araújo.

Após o regresso, a equipa cumpre um defeso de duas semanas e começa a projectar o Tour de Marrocos, agendado para Fevereiro. "O BAI e a Sicasal são os nossos principais patrocinad­ores. Temos contrato para o ciclo olímpico, mas nem sempre colocam as verbas no princípio ou a meio de Janeiro. Dependemos da sensibilid­ade das pessoas e o do desempenho em Madagáscar", esclareceu.

Em Maio acontece o Tour da Eritreia, Setembro o da Costa do Marfim. Seguese o Ruanda e Burkina Faso.

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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ciclistas tricolores viajaram confiantes numa boa representa­ção do país na prova

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