Embaixadora Fite encoraja transparência
A diplomata manifestou o seu regozijo em servir o seu país em Angola, podendo assim contribuir para o incremento das relações existentes entre os dois Estados
A nova embaixadora dos EUA indicada para Angola, Nina Maria Fite, disse que o Governo do seu país está a acompanhar com bastante interesse as medidas de transparência em curso no país.
O Governo norte-americano está a acompanhar com bastante interesse as medidas de transparência que estão a ser implementadas pelo Presidente João Lourenço, que considera serem uma mais valia para a atracção de um maior investimento do sector privado americano, afirmou na segunda-feira, em Washington, a nova embaixadora dos Estados Unidos para Angola.
Nina Maria Fite, recentemente nomeada pelo Presidente Donald Trump para substituir Helen La lime, no cargo desde 2014, foi recebida segunda-feira pelo embaixador de Angola nos EUA, Agostinho Tavares, nas instalações da missão diplomática em Washington DC.
“As companhias americanas estão a acompanhar as mudanças com muito interesse, uma vez que as mesmas irão melhorar os negócios entre ambos os Estados. É desejo de todos verem a economia angolana a crescer e os EUA estão prontos a ajudar”, frisou.
A diplomata manifestou o seu regozijo em servir o seu país em Angola, podendo assim contribuir para o incremento das relações já existentes entre os Estados, que considerou "boas", salientando que era uma oportunidade para dar seguimento e reforçar o trabalho desenvolvido pela sua antecessora.
Agostinho Tavares prestou informações sobre os "dossiers" existentes no âmbito do memorando da parceria estratégica que rege a cooperação bilateral entre Angola e os Estados Unidos, enfatizando que a nomeação de Nina Maria Fite acontece num momento em que as relações entre os dois países se encontram num bom caminho com visíveis progressos.
O diplomata angolano fez um "briefing" sobre os diálogos existentes em vários domínios, com destaque para os sectores da energia, transportes, infra-estruturas, comércio, investimento e direitos humanos.
Agostinho Tavares destacou a realização da Conferência Ministerial sobre Comércio, Segurança e Boa governação, organizada pelo secretário de Estado norteamericano Rex Tillerson, na qual participou o ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto.
“No próximo ano vamos celebrar o 25.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, no dia 19 de Maio e pretendemos, juntamente com a Câmara de Comércio EUA-Angola, e em colaboração com a Embaixada dos EUA em Angola, elaborar um programa de celebração condigno”, informou o embaixador Agostinho Tavares.
Nina Maria Fite já trabalhou em Angola como chefe da Secção Político-económica da Embaixada dos Estados Unidos. A diplomata exercia até ao momento a função de cônsul dos Estados Unidos em Montreal, Canadá, desde 2014, tendo já trabalhado em sete missões diplomáticas norte-americanas no estrangeiro, incluindo Portugal.
A nova embaixadora dos EUA em Angola é fluente em português, francês, espanhol e húngaro.Recentemente, a embaixadora americana em fim de missão Helen La Lime felicitou o povo angolano pelo exercício do seu direito democrático ao voto, nas eleições gerais de 23 de Agosto, garantindo que o seu país estava a trabalhar com o Presidente João Lourenço e o novo Parlamento para fortalecer ainda mais a relação bilateral. "Os Estados Unidos estão ao lado do povo de Angola nos seus esforços para construir instituições fortes, democráticas e inclusivas, que se dediquem a garantir um futuro próspero e pacífico para todos os Angolanos", frisou.
Em entrevista ao Jornal de Angola, a diplomata referiu que o novo líder angolano tem estado a dar boas indicações. "Por isso, devemos manter a esperança. Há muitos desafios para tornar as coisas mais funcionais nos domínios económicos, sobretudo na diversificação da economia. A saúde deve ter maior investimento, para combater a falta de medicamentos nos hospitais. Investir na educação é outro desafio, para que se possa ter um país mais estável", salientou.
A embaixadora americana indicou que Angola deve melhorar o seu ambiente de negócios, para se tornar mais competitivo e atractivo.
As companhias americanas estão a acompanhar as mudanças com muito interesse, porque as mesmas vão melhorar os negócios entre os Estados. É desejo de todos verem a economia angolana crescer