Itália aposta no continente
Em 2016, a Itália foi o terceiro país que mais fez investimentos directos em África, com um total de 4 mil milhões de dólares, atrás apenas da China (36,1 mil milhões) e dos Emirados Árabes Unidos (11 mil milhões). No ano anterior, a nação europeia havia liderado o "ranking", com sete mil milhões, à frente dos chineses. Os dados são da consultoria Ernst & Young.
Grande parte destes recursos provém da empresa pública de petróleo e gás italiana ENI, que possui diversos campos de extracção em África.
“Somos a mais africana das empresas italianas. Operamos em 16 países e não pretendemos parar por aí”, declarou, em Julho do ano passado, o vice-presidente de assuntos internacionais da ENI, Lapo Pistelli, também vice-ministro italiano das Relações Exteriores.
No entanto, o continente desperta cada vez mais o interesse de pequenas e médias empresas, principal motor da economia italiana.
“Em Angola, estamos completamente abertos a qualquer tipo de investimento, em qualquer sector. Sabemos que a Itália tem um rico tecido de pequenas e médias empresas, então as convidamos para investir”, disse o presidente João Lourenço, durante um encontro com Paolo Gentiloni na semana passada, em Luanda.
Em Angola, a petrolíferaficou com os direitos de exploração da Sonangol num campo petrolífero no enclave de Cabinda.
O acordo foi assinado na presença de João Lourenço e de Paolo Gentiloni.
Paolo Gentiloni foi de resto o primeiro chefe de Governo ocidental a ser recebido por João Lourenço.
A aposta em África é colocada à prova em 2018, quando a Itália eleger o seu novo Parlamento.
A votação que pode provocar uma mudança de Governo e nas políticas voltadas para África.